Unicef registra queda considerável da mortalidade entre crianças com menos de 5 anos em 2013

Maioria das mortes são evitáveis: a desnutrição tem papel fundamental na morte de metade dessas crianças. Quem nasce na Angola - país com maior taxa de mortalidade - têm 84 vezes mais chance do que quem nasce em Luxemburgo, país que tem a menor taxa

por AFP - Agence France-Presse 16/09/2014 10:36

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Katharine Nóbrega/DB/D.A Press
Avanços na mortalidade neonatal são mais lentos (foto: Katharine Nóbrega/DB/D.A Press)
A taxa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos continua a diminuir e a redução foi considerável em 2013, indica o Unicef em um relatório divulgado nesta terça-feira. De acordo com o relatório 2014 "Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil", 6,3 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram, a maioria por causas evitáveis , em 2013. O número é quase de 200 mil a menos que em 2012. Entre 1990 e 2013, a taxa de mortalidade caiu em 49% e a redução média anual registrou avanço.

Leste da Ásia, América Latina e Caribe e África do Norte reduziram a taxa de mortalidade em mais de dois terços desde 1990. A África subsaariana reduziu a taxa em 48%, apesar de ainda registrar a maior porcentagem de mortos do mundo (92 óbitos por 1.000 nascidos vivos).

Os avanços em termos de mortalidade neonatal, no entanto, são mais lentos. Em 2013, 2,8 milhões bebês morreram no primeiro mês de vida, o que representa aproximadamente 44% de todas as mortes entre crianças com menos de cinco anos. Segundo o Unicef, as crianças nascidas em Angola, país com a maior taxa de mortalidade (167 mortes por 1.000 nascidos vivos), têm 84 vezes mais probabilidade de morrer antes dos cinco anos do que aquelas nascidas em Luxemburgo, que tem a menor taxa (2).

Depois de Angola, Serra Leoa é o país entre os últimos colocados (161 por 1.000), seguida por Chade (148), Somália (146) e República Centro-Africana (139). Na outra ponta, atrás de Luxemburgo, Finlândia, Noruega, Cingapura e Japão registram os melhores números (3 mortes por mil).

A desnutrição tem um papel fundamental na morte de metade das crianças com menos de cinco anos. Outras causas importantes são complicações durante o parto, pneumonia, diarreia e malária.

De acordo com o relatório, a maneira mais eficaz de garantir a sobrevivência de uma criança é lutar contra as principais doenças infecciosas com a imunização, uso de mosquiteiros, inseticida e tratar a diarreia por reidratação.

O relatório é preparado anualmente pelo Grupo de Interagências das Nações Unidas para a estimativa de Mortalidade Infantil (IGME), liderada pelo Unicef, e que inclui a OMS e o Banco Mundial.