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Um segundo funcionário da área da saúde da agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) foi infectado em Serra Leoa, informou a OMS na segunda-feira. Não foram divulgados mais detalhes sobre o médico, mas o hospital de Universidade Emory University, nos Estados Unidos, disse que estava se preparando nesta terça-feira para receber um norte-americano infectado pelo ebola no oeste africano.
O surto de ebola que varre a África ocidental matou mais de 2 mil pessoas e tem afetado uma grande quantidade de funcionários da área da saúde. Depois de um epidemiologista senegalês da OMS ter sido infectado, a agência conduziu uma investigação sobre como ele contraiu a doença.
Embora a OMS não revele os resultados da investigação, a porta-voz Nyka Alexander disse nesta terça-feira que os funcionários que vivem e moram em instalações em Serra Leoa foram transferidos para locais menos apertados e não compartilham mais os alojamentos com funcionários de outras agências.
Mudanças também foram feitas nos procedimentos de trabalho, o que inclui mais verificações rotineiras de temperatura para todos os que chegam ao escritório da OMS e nas instalações da agência, afirmou Alexander.
Segundo ela, o relatório da investigação foi "bastante claro" ao revelar como o epidemiologista senegalês foi infectado, mas a OMS não vai divulgar os detalhes.
"Não se trata de um risco novo ou inesperado", disse ela. Epidemiologistas não tratam pacientes, mas algumas vezes se envolvem na localização de pessoas que possam ter entrado em contato com infectados e têm ligação com equipes que realizam o sepultamento seguro de vítimas do ebola.
Alexander disse que uma segunda investigação foi iniciada sobre como o médico mais recentemente infectado contraiu a doença. A agência também recomendou ao governo de Serra Leoa que parece de aceitar novos pacientes na clínica para tratamento de ebola onde o incidente ocorreu.
Das mais de 3.500 pessoas que, acredita-se, estejam infectadas na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e Senegal, cerca de 250 são funcionários da área da saúde. Os países mais atingidos já tinham poucos médicos e enfermeiros antes do surto e o fato desses funcionários terem contraído ebola torna ainda mais difícil conter a crise e recrutar mais pessoas para este tipo de trabalho.
A maioria dos funcionários dos centros de tratamento são pessoas do próprio país, mas especialistas dizem que são necessárias várias centenas de trabalhadores internacionais para realizar o trabalho.