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De acordo com a nutricionista Alice Carvalhais, colaboradora da Rede Mães de Minas, iniciar uma dieta com alimentos sólidos não elimina a necessidade do leite materno, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até os 2 anos. “Essa fase inicial deve priorizar o hábito de a criança comer. Não é preciso se preocupar tanto com o valor nutricional, porque ela recebe nutrientes do leite materno”, destaca a especialista. “No entanto, quando a mãe vai trabalhar e fica muito tempo fora, é preciso dar mais atenção aos nutrientes e preferir uma alimentação mais completa”, pondera Alice.

“Não há um protocolo muito rígido para evoluir. Em seguida, entram os alimentos salgados, mais bem aceitos, como batata baroa, moranga, mandioca, batata doce, batata. À medida que a criança vai aceitando, pode colocar um caldinho de carne, sem a carne, ou caldo de feijão. Depois que aceitar, pode botar os pedacinhos de carne, oferecer bolo, biscotinho e pão”, ensina a nutricionista.
Restrições
Alguns alimentos devem ser restringidos da dieta do bebê até os 12 meses de idade. É o caso do mel (por conta do risco de botulismo), dos ovos e frutos do mar (podem causar alergia). Segundo Alice Cavalhais, não se deve trocar leite materno pelo de vaca nessa fase inicial. O melhor é o complemento alimentar. Também não é recomendado colocar pimenta nem condimentos fortes na comida do bebê, além de não exagerar no sal e colocar o mínimo possível de açúcar. A criança pode comer a comida da família.
“Uma criança com 7 meses come praticamente de tudo. O bebê começa com a comida mais amassadinha, passa para os pedacinhos para estimular mastigação e, até 1 ano de idade, já come com a mesma consistência da família, desde que os alimentos estejam bem cozidos”, destaca Alice. Para os bebês com dificuldade de ganhar peso, uma dica é colocar uma colher de azeite na papinha.
Paciência é preciso
A fase inicial de diversificação alimentar não é fácil. É preciso ter paciência. A ansiedade pode atrapalhar muito, já que este é o período em que a criança cria hábitos alimentares. “A mãe não precisa ficar desesperada se o filho comer pouco. A criança vê esse desespero, e começam a chantagem e as barganhas”, conta a colaboradora da Rede. No começo, a criança cospe automaticamente, acostumada só a sugar. Nesse caso, a mãe pode insistir um pouco. Recomenda-se oferecer o que o bebê conseguir comer, sem forçar nada. “Se a criança não quiser comer, não tem problema. Ela precisa de leite materno ou complemento alimentar. Porém, se passar próximo a 1 ano e a criança não comer direito, é importante procurar ajuda”, reforça Alice. A forma de avaliar, diz ela, é pelo ganho de peso e crescimento. Se crescer saudável, tudo bem.
Nesta etapa da vida, a criança tem um desenvolvimento intenso e pode triplicar o peso. Por isso, é preciso fazer escolhas saudáveis e ter cuidado sempre. “As mães se apegam muito à fase inicial e, depois que o bebê passa a comer bem, liberam geral. Mas tão importante quanto fase inicial é a alimentação por toda a vida”, alerta a nutricionista.

Há também uma série de aplicativos para acompanhar a evolução da gravidez e pós-parto. A iniciativa, que visa divulgar boas práticas e orientar mulheres para o autocuidado, é uma parceria da Fundação Assis Chateaubriand com a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do programa Mães de Minas, que visa à redução das mortalidades materna e infantil em Minas Gerais. Por meio das ações desenvolvidas, as gestantes e mães recebem acompanhamento e orientação, de forma a garantir às famílias, especialmente as mais vulneráveis, um ambiente seguro e acolhedor aos seus bebês. O programa oferece um canal de atendimento telefônico 24 horas por dia, durante todo o ano. Basta ligar 155.
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