Vírus sincicial respiratório (VSR) pode ser fatal para bebês prematuros

Todo indivíduo já teve contato com o chamado VSR ao longo da vida. Entre bebês do grupo de risco, porém, o vírus pode ser fatal

por Gláucia Chaves 30/07/2013 15:30

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Valdo Virgo/CB/D.A.Press
(foto: Valdo Virgo/CB/D.A.Press)
Ao longo da vida, uma pessoa adulta entrará em contato com o vírus sincicial respiratório (VSR) diversas vezes. "Isso não quer dizer que todos ficarão doentes, mas criarão anticorpos contra ele", explica Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas em São Paulo. Em adultos, o vírus se apresenta como um resfriado, sem maiores consequências. O problema é quando o VSR infecta bebês prematuros (com menos de 29 semanas), aqueles com cardiopatia congênita ou os com broncodisplasia pulmonar — eles formam um grupo de risco altamente vulnerável.

"Como o vírus tem predileção pelo trato respiratório, pode causar inflamação nos brônquios e na traqueia, além de broncoespasmo (estreitamento dos brônquios)", enumera Richtmann. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o VSR infecta cerca de 60 milhões de pessoas por ano e mata quase 160 mil em todo o mundo. Durante o processo inflamatório, o calibre da via aérea diminui, e a quantidade de secreção liberada se torna um obstáculo para a respiração.

Em crianças com doenças cardíacas ou pulmonares, esses dois fatores podem deixar o sistema respiratório ainda mais frágil. "Muitas vezes, essas crianças precisarão de ventilação mecânica para conseguir respirar", completa Rosana Richtmann. Por enquanto, ainda não há tratamento para o vírus. O que os profissionais da saúde costumam fazer, segundo a médica, é prestar atenção à sazonalidade do VSR e cuidar da higienização do ambiente em que as crianças estão, para evitar novas contaminações. "O leite materno também é muito importante, pois passa anticorpos da mãe para o bebê."