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Embora um pouco mais “vividas” que as células do cordão, as dos dentes podem ser igualmente úteis. “A gente não precisa refazer as pesquisas para ver do que elas são capazes, porque são as mesmas células. Só muda a fonte”, diz Adriana. Alguns especialistas, no entanto, são mais cautelosos. “Em tese, as células de cordão umbilical teriam mais capacidade de originar diferentes tecidos do que as dentárias. Para ter o mesmo potencial, as células de dente de leite precisariam de intervenção laboratorial”, aponta Márcio Poças Fonseca, professor do Departamento de Genética e Morfologia da Universidade de Brasília e parte de um grupo de estudos focado no assunto.
Já Irina Kerkis, do Instituto Butantan, em São Paulo, chama a atenção para outra característica importante das células do dente: a sua maior imunocompatibilidade em relação às células de cordão. “A compatibilidade é semelhante ao que ocorre com o transplante de medula óssea. Portanto, elas podem ser usadas por parentes e não parentes. Já as células mesenquimais de cordão são mais problemáticas nesse sentido”, frisa. Adriana Homem acredita que, a partir do ano que vem, os bancos privados de cordão já poderão receber também dentes. Já quanto à permissão para o uso em tratamento de pacientes no Brasil, ainda é incerto. “Em um cenário otimista, eu diria que, em uma ou duas décadas, talvez, os pacientes já tenham acesso ao tratamento com células de dente, mas é apenas um palpite”, arrisca Poças Fonseca.