Spinning conquista adeptos e chega aos espaços públicos

Prática elimina 700 calorias por aula

por Luciane Evans 31/05/2013 08:30

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Juarez Rodrigues/EM/DA Press
Em Belo Horizonte, o spinning rompeu as paredes dos espaços fitness e chegou aos lugares públicos (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Já foi um bicho de sete cabeças. Há quem dizia que era preciso fôlego de atleta para completar a aula. Por isso, alguns torciam até o nariz para essas pedaladas, que mais pareciam tortura para qualquer mortal. Ledo engano. Eliminando cerca de 700 calorias por aula, o spinning, ou o ciclismo indoor, está há 16 anos no Brasil sem perder a majestade. Atraindo cada vez mais praticantes, que se convenceram de que a atividade não é tão difícil quanto dizem, o método é visto por educadores físicos como o exercício aeróbico mais intenso das academias. Tanto é que em Belo Horizonte ele rompeu as paredes dos espaços fitness e chegou aos lugares públicos. O Parque das Mangabeiras, na Região Centro-Sul, se rendeu à música animada e às pedaladas frenéticas da modalidade. Agosto é a vez de a Serra do Rola Moça, na Grande BH, ser o cenário para o suor dessa turma.

O movimento, que se torna tradição na capital, tem seus motivos. De acordo com os organizadores dos eventos de spinning ao ar livre, ao colocar as bikes em parques, praças e até nas serras que emolduram a capital, o principal objetivo é divulgá-la e compartilhá-la. No ano passado, 120 pessoas suaram a camisa no Bairro Santo Agostinho. A ideia do movimento, em sua 8º edição, é fazer o encontro anual em bairros diferentes. “A gente sempre traz nas edições um tema. No ano passado foi o meio ambiente, desta vez foi mente, corpo e alma”, comenta o organizador do PNB, Sérgio Rodrigo Valle.

Há 10 anos como professor de ciclismo in door, Sérgio conta que a prática foi criada, em 1995, pelo ciclista sul-africano Johnny, que procurou alternativa para conseguir pedalar debaixo de chuva. Assim, as bicicletas foram parar dentro das academias, e segundo Sérgio, há muitas vantagens nisso. “Você pode pedalar em grupo, evita acidentes, e em época de chuva não se molha”, diverte-se, destacando que o melhor do método é o aluno ter um profissional ao lado. “Trata-se do carro-chefe das academias. É a atividade que mais queima calorias. A desvantagem é que não é tão intenso quanto pedalar na rua”, compara.

Há 10 anos, o Pedalando no Topo vem se consagrando como o maior evento do tipo em Minas Gerais e, segundo os organizadores, já recebe o título de maior do país. Segundo o educador físico e membro da comunicação técnica do evento Johny Costa, a 10ª edição já tem data marcada: será em 24 de agosto, na Serra do Rola Moça, na região metropolitana. “Começamos essa história com 80 bicicletas, no ano passado chegamos a 300. A procura é tão grande que, no início, fazíamos no Topo do Mundo, na Serra da Moeda. Mas o local foi ficando pequeno e tivemos que mudar.” O professor diz que BH tem se tornado destaque para a modalidade ao ar livre. “O Pedalando no Topo já é o maior do país”, ressalta.

Juarez Rodrigues/EM/DA Press
Considerado o maior evento do tipo em Minas, o Pedalando no Topo deste ano será em 24 de agosto (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
SUPERAÇÃO DE LIMITES
A gerente de salão Josiellen Vieira, de 31, faz parte da turma que sua a camisa no pedal. Há três anos, cansada da musculação, resolveu fazer uma aula experimental de spinning dentro da academia onde malha. Não deu outra. “Apaixonei” confessa, dizendo o tempo todo que sua intenção é superar limites. “E quando acaba a aula, a sensação é de missão cumprida”, conta. Com o exercício, Josiellen emagreceu em seis meses cinco quilos e modelou seu corpo.

De tão apaixonada pela modalidade, Josiellen é fã dos eventos ao ar livre. “Eles são motivantes. A gente sai do ambiente fechado e fica perto da natureza.” Nos últimos anos, ela diz ter participado de todos esses movimentos em BH. “É uma atividade que exige muita força de vontade. Não adianta achar que no primeiro treino você vai poder aumentar a carga de qualquer forma. O aluno vai criando resistência para isso.”

De acordo com Sérgio Valle, o iniciante tem que passar por uma avaliação física, de preferência feita com eletrocardiograma. “Em uma aula de spinning, você tem a boa energia, o professor é animado e as músicas também são motivadoras. Você compete com você mesmo.” A atividade não requer habilidades psicomotoras especiais, nem é preciso andar de bicicleta para participar das aulas. Durante os treinos, muitos professores simulam grandes aventuras, seja em vales, montanhas ou praias, sempre no embalo de músicas com muito ritmo.

ATIVIDADE SEGURA
É sempre importante lembrar que antes do início de qualquer atividade o aluno deve passar por uma avaliação física com um profissional qualificado e ficar atento às seguintes dicas:

» É essencial controlar a frequência cardíaca para medir o esforço durante o exercício
» Tenha sempre uma garrafa de água e uma toalha por perto
» Ajuste adequadamente a altura do selim, a altura do guidão e o firma-pé
» Use um tênis de cano baixo e sola reforçada na parte anterior
» Use roupas justas e confortáveis e de preferência bermudas acolchoadas, especiais para aulas de ciclismo
» Se for sua primeira aula, avise o professor para que ele o oriente
» Faça pelo menos duas aulas por semana, para obter resultados desejados