Trio mineiro ETC se apresenta no festival português Nos Alive

Grupo de Juiz de Fora venceu o concurso EDP Live 2019, concorrendo com 1,7 mil bandas brasileiras. Repertório reuniu canções autorais e homenagem a João Gilberto

por Tetê Monteiro 12/07/2019 18:31

Nos Alive/Divulgação
O trio mineiro ETC se apresentou no palco Sagres do festival Nos Alive, em Lisboa (foto: Nos Alive/Divulgação)
Lisboa – Um divisor de águas, ou melhor, da carreira. É assim que o trio ETC avalia seu primeiro show na Europa, ocorrido nesta sexta-feira (12), em Lisboa. A banda de Juiz de Fora não decepcionou. Com repertório autoral e homenagem a Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto – cantaram 'Garota de Ipanema' –, Eduardo Favero, o Dudu (vocal), Vinicius Ferreira (baixo) e Felipe Balut (baterista) superaram o cansaço de sete horas de viagem e se apresentaram durante 25 minutos no palco Sagres do festival Nos Alive.

 

O evento, que será encerrado no sábado (13), reúne atrações do porte de The Cure, Vampire Weekend, The Smashing Pumpkins, Jorja Smith, Bon Iver, The Chemical Brothers e Thom Yorke.

 

“O show foi como prevíamos. Mostramos nossa brasilidade e mineiridade. Acho que o público gostou", disse Dudu. Entre as canções do grupo estava Molhada de mar – a mola propulsora para ETC chegar ao Nos Alive. Graças a ela e a Jogo embolado, os mineiros receberam o maior número de votos na quarta edição do concurso EDP Live Bands Brasil.

 

A edição deste ano do EDP Live registrou recorde em inscrições – cerca de 1,7 mil grupos de todos os estados brasileiros concorreram. Selecionada no país, ETC entrou na lista de artistas que se apresentariam em Lisboa. O concurso também é realizado na Espanha e em Portugal.

 

ETC gravará um CD pela Sony, parte do prêmio. Ao que tudo indica, será um disco de inéditas. O trio destaca a importância de concursos para artistas principiantes. "A carreira no Brasil não é fácil. Incentivos como festivais são sempre positivos", afirmou Dudu.

 

Mesclando samba, reggae e pop, a banda mineira escolheu o nome ETC (etcetera) devido à diversidade de ritmos a que se propõe. "Defino nosso trabalho como uma onda, uma onda boa de Minas. Nossas canções mostram a conexão entre mar e montanha", disse Vinicius.

 

O tímido baterista Felipe conta como o grupo se formou, em 2011: "Éramos estudantes e nos encontrávamos na universidade. Daí surgiram os primeiros sons."

 

A banda lançou os CDs Céu grande (2014) e Sintonia (2018). Os rapazes já dividiram o palco com O Rappa, Natiruts, Criolo e Nando Reis. As influências vão do Clube da Esquina ao Skank, passando pela extinta O Rappa.

 

* A jornalista viajou a convite da EDP Brasil 

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