Sinfônica ao meio-dia é programação que atrai o público ao Palácio das Artes, na hora do almoço

Sem o rigor de uma apresentação de concerto, ela pode ser acompanhada no meio da orquestra e do coro

por Helvécio Carlos 11/07/2019 13:52
Helvécio Carlos
(foto: Helvécio Carlos)

Intervalo de almoço no centro da cidade, acredite tem seu charme. Pelo menos a cada 15 dias, quem está próximo ao Palácio das Artes pode passar o tempo no Grande Teatro assistindo a apresentação ou da Orquestra Sinfônica ou do Coral Lírico de Minas Gerais. Ontem, o público foi presenteado com as duas atrações interpretando trechos das óperas Macbeth, Nabucco, I Vespri Siciliani e Don Carlo com regência do maestro Sílvio Viegas. As peças de Verdi serão apresentadas hoje à noite em mais uma edição da Sinfônica e Lírico em Concerto.

Ao contrário do concerto desta noite, as apresentações da Sinfônica ao meio-dia são informais. Tanto que pouco antes do início da apresentação, o maestro escolhe quatro pessoas das plateia para acompanhar a apresentação, literalmente, no meio do orquestra e do coro. É tão descontraida, que dentro do limite, quem sobe ao palco pode levar o celular para fazer filmes, fotos sem flash, claro. Viegas defendeu a iniciativa da Fundação Clóvis Salgada como forma de estreitar o diálogo entre orquestra, coro e público. “É importante saber o que vocês querem ouvir, o que vocês gostam de escutar, o que tiraria vocês de casa para vir ao Palácio das Artes assistir um concerto, uma sinfonia”.

Myrian Pessoa Nogueira foi uma das escolhidas para acompanhar a apresentação do palco. Ela conta que foi preciso uma tática especial para conseguir a chance de acompanhar a apresentação no meio dos músicos e do coro. “Em outras vezes sentei muito na frente e o maestro não me via. Desta vez fiquei lá no fundo e levantei o braço”, brinca, satisfeita com a experiência. Para ela uma nova forma de se emocionar com um concerto. “Você vê a expressão do maestro, que fica de costas para a plateia e de frente para os músicos, você acompanha de pertinho o trabalho dos músicos, vendo como eles mudam a partitura”, apontou.

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