O personagem pertence ao núcleo principal. Na história, Dorothy é a madrinha de Pamela Parker (Cláudia Abreu), uma das mais importantes atrizes da indústria de entretenimento norte-americana, e mãe de Brian Benson (Lázaro Ramos), guru dos empresários de tecnologia no Vale do Silício, na Califórnia, onde a trama começa a se desenrolar.
O ator explica que, apesar de Dorothy estar em um corpo claramente masculino, ela não será vista dessa maneira pelos outros personagens da novela de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, ambos autores de Cheias de Charme. "É uma mulher real, sem essa questão do travestismo. Ela busca uma identidade feminina, tem uma mente feminina. É mãe, mulher, socialite e milionária", detalha. Para ele, há uma diferença em relação a outras figuras do tipo já apresentadas na teledramaturgia. "Não tem o apelo da prostituição. Ela venceu na vida e tem como meta criar o filho e ser um espelho da Michelle Obama", defende Miranda.
A meta de fazer uma versão nacional da primeira dama dos Estados Unidos não é apenas no jeito de agir de Dorothy. "É uma mulher bem normal, sem nenhum exagero, maquiagem simples. A gente trabalhou a possibilidade de tirar os trejeitos de travesti, de exagero. É uma mulher elegantemente simples. Uso um pouco de salto alto e um pouco de baixo porque já tenho uma estatura legal. Ela tem vestido, tailleur e roupas finas buscando a simplicidade. Quando ela vem para o Brasil, usa modelos mais tropicais, como a Michelle quando veio."
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Luis Miranda diz que, na trama, Dorothy não é vítima de preconceito por ser transexual. "Acho que ela não sofre porque o dinheiro não deixa você sofrer preconceito. O dinheiro cala a boca de muita gente. Ela é rica, bem-sucedida e está sendo trabalhada para ser uma mulher bonita e atraente", analisa.
Diferentemente do Félix de Amor à Vida, personagem gay que conquistou o público da novela por ser cômico, o ator aposta que a socialite de Geração Brasil fugirá do estereótipo. "Ela vai para realismo. Não estou dizendo que não vai ser cômico, mas o foco dela não é isso. O foco dela é a mãe determinada a cuidar do filho. As pessoas vão vê-la como um homem transgênero, porém, para ela, pouco importa. Ela é rica, não está nem aí. Vão adorar porque ela é divertida, não quer ser brasileira, mas ao mesmo tempo é."
Mesmo com o beijo entre dois homens na teledramaturgia da Globo aprovado na novela de Walcyr Carrasco, Miranda acredita que Dorothy não vai inaugurar o beijo gay na faixa das 7. "Está liberado, mas não acho que ela vai beijar na novela das 7. Ela é uma mulher conservadora, é uma dama. Daqui a pouco vai ter beijo em todo lugar", avalia o ator, que continua a gravar seu papel em A Grande Família, cuja última temporada já está no ar.