Lugares por Beagá: tradição gastronômica da capital em pauta

Trabalho será lançado com minidocumentários e um mapa culinário com os 13 estabelecimentos mais antigos de Belo Horizonte

Estado de Minas 14/09/2021 11:31
Vivi Martineli/Divulgação
Bar do Antônio (foto: Vivi Martineli/Divulgação)

O projeto Lugares por Beagá passeia pela história dos tradicionais bares e restaurantes de Belo Horizonte. São estabelecimentos perpetuados por gerações, carregados de memória afetiva, donos de tesouros em sabores, temperos e aromas. Experiências que só se vivem aqui. O projeto é um percurso pelos 13 estabelecimentos mais antigos da cidade, todos com mais de 50 anos e ainda em funcionamento, incluindo dez bares e restaurantes, e três pontos famosos pela especialidade culinária (balas e doces, sorvetes e um suco refrescante).

O trabalho será lançado em 17 de setembro, com uma live especial pelo canal do youtube do Lugares Viagens, com apresentação de Bernardo Cançado e Renata Urbano, do Instagram @oncevaibh, colunistas de gastronomia da rádio Band News BH, e do chef de cozinha Edson Puiati, consultor e professor universitário, além de criador da Semana da Gastronomia Mineira. A idealização do evento é dos empresários Luana Bastos e Marden Couto, do portal Lugares Viagens, que fizeram toda pesquisa e curadoria do projeto.

No lançamento, os apresentadores trarão o contexto histórico e gastronômico da cidade e do bairro na época de cada inauguração, lembrando o caminho das famílias à frente dos estabelecimentos, os pratos mais pedidos, os frequentadores assíduos e uma lista infinita de curiosidades. Um conteúdo rico e singular, sobre uma história que merece ser evidenciada.

Estabelecimentos gastronômicos mais antigos de BH


Lalka (1925)
Sorveteria São Domingos (1929)
Tip Top (1929)
Café Bahia (1937)
Tradicional Limonada (1938)
Café Palhares (1938)
Café Nice (1939)
Mercearia Lili (1949)
Maria das Tranças (1950)
Bolão (1961)
Cantina do Lucas (1962)
Nono Rei do Caldo de Mocotó (1964)
Bar do Antônio (1964)

Cidade Criativa da Gastronomia

Cafezinho, pão de queijo, e um dedo de prosa. À mesa, toda a identidade da cultura mineira, seja pelos quitutes, seja pelos encontros. A gastronomia de Minas Gerais acolhe. E em Belo Horizonte não poderia ser diferente. Carrega o título de cidade criativa da gastronomia, concedido pela Unesco em 2019, e é também chamada capital dos bares. Não é à toa. BH sintetiza as peculiaridades do estado, é uma grande vitrine das tradições regionais. Um lugar pujante, e uma personalidade histórica e cultural que muito passa pelo ambiente preferido dos mineiros: a cozinha.

Assim como enaltece o design, a moda, a arquitetura, a literatura, a arte, a música, a ciência e a tecnologia, tudo sempre em um movimento de renovação, BH também é um importante polo da gastronomia. A expressão que virou letra de música - "já que não tem mar, vou para o bar" - é uma máxima que se encaixa no perfil da cidade, alegre pelos momentos de congraçamento nas mesinhas pelas calçadas, a comida boa e farta. Na baixa ou na alta gastronomia, no fast food ou na receita que é feita devagar, a culinária mineira aqui se reinventa e frutifica, em cada expressão com um encanto próprio. Daqui saíram chefs famosos, aqui estão restaurantes de diferentes nacionalidades, aqui também é terra de importantes festivais culinários.

Afinal, quando se fala das origens gastronômicas, entra-se pelo jeito belo-horizontino e mineiro de ser. Não é apenas o prato que está sobre a mesa. Por trás, saberes e sabores que lembram a miscigenação de povos e culturas, à medida que experimentavam as circunstâncias de cada tempo. Misturas que criaram a linhagem de uma população que se encontra na cozinha, o templo maior para celebrar a vida. Tem pratos e quitutes que só se encontram na cidade. Outros já voaram pelo mundo.

SERVIÇO
LUGARES POR BEAGÁ
Lançamento: 17 de setembro, de 19h às 22h
Informações:
https://lugaresporbeaga.com.br/

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