Rodrigo Santoro fala sobre início da carreira e expõe dificuldades nos EUA

'Eu lia os roteiros e era muito estereotipado', disparou o artista

Reprodução/Youtube
Rodrigo Santoro (foto: Reprodução/Youtube )

O ator   Rodrigo Santoro  foi entrevistado pelo Splash , UOL , e comentou sobre sua volta para o cinema brasileiro estreando em os  7 Prisioneiros, na Netflix.  O famoso aproveitou para fazer um balanço dos quase 20 anos de carreira no exterior. 

No começo dos anos 2000, o artista saiu da TV Globo para buscar oportunidades em Hollywood . Contudo,  Rodrigo   enfrentou diversos desafios e frustrações para conseguir se tornar o maior brasileiro no cinema americano. 

"Quando eu cheguei lá, era um tempo muito diferente do que a gente vive hoje. A internet, se já estava ali, era o começo e o próprio mundo não discutia as questões que está discutindo hoje. (...) Um universo ainda mais arcaico, em um modelo de produção em que eu lia os roteiros e era muito estereotipado" , declarou Santoro

O famoso contou que recusou alguns papéis no início de sua carreira internacional, pois as ofertas eram sempre para personagens dentro do estereótipo em que comumente os latinos são enquadrados. "Eu buscava mais profundidade, mais pesquisa, e me deparei com personagens mais chapados. Era sempre um Juan, um Ramirez, um José... Não me representava como latino, como brasileiro e, inicialmente, como artista ", relembrou.  

Rodrigo   disse que teve alguns problemas com seus então empresários, ao recusar ofertas de trabalho desse tipo. "Fui criticado até pelos meus agentes na época. Tive propostas interessantes até financeiramente e eu, como vinha num momento de muita força ali do 'Abril Despedaçado' e do 'Bicho de Sete Cabeças', e isso sempre me moveu muito, fui obrigado a dizer não" , revelou o ator. 

"Eu tive uma oportunidade, investi nela, continuo investindo, mas eu vou história a história"

Rodrigo Santoro

Após 20 anos investindo em sua carreira internacional, Santoro foi nomeado como membro da Academia de Hollywood, responsável pela organização do Oscar . "Eu não tenho certeza de nada, sou movido pelas dúvidas, pela busca. O que eu quero é evoluir. Essa saída [do país] foi movida por uma curiosidade, sempre fui muito curioso; por um desejo de conhecer outros universos, a diversidade nesse sentido, outra cultura" , disparou Rodrigo