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“Durante a missão, eu me reprimia. Negava quem eu era. Achava que, por ser missionário, fosse ser 'curado'. Como se homossexualidade fosse uma doença. Era algo que me dilacerava profundamente”, escreve.
Gil conta que um amigo dizia que ele tinha um “jeito errado”. "Eu não quero andar contigo na rua assim. Isso não é 'jeito de homem’”, disse esse amigo em uma ocasião.
Por causa disso, o economista aceitou passar por um “treinamento” para se reprimir, em que o amigo o filmava e depois mostrava o que Gilberto estava fazendo de “errado”. “Essas coisas absurdas pelas quais passava me faziam demorar ainda mais para aceitar minha sexualidade, para aceitar que não sou doente, que é tudo um enorme preconceito”, conta.
Ele também conta que aos 16 anos chegou a namorar uma garota que conheceu na igreja, mas, aos poucos, começou a se aceitar. Um evento importante para o pernambucano, nesse sentido, foi a festa Rainbow, do BBB deste ano.
“Foi no Big Brother, também, que protagonizei, com o Lucas, uma das cenas mais reveladoras e libertadoras de minha vida: um beijão, apaixonado, na boca. [...] E a Globo exibiu, lindamente, mostrando que o amor entre dois homens existe, é normal e não tem nada de errado.”
Após sua saída do BBB21, Gil visitou a igreja que frequentava, chegando a mostrar em suas redes sociais. "Independentemente de tudo, é preciso tirar um momento da nossa vida para essa reconexão com Deus. Fui muito bem recebido e estou muito feliz", escreveu o ex-BBB no Instagram.
Em um outro trecho do livro, Gil revela que a educação foi o ponto de virada na vida dele: "Não queria, de jeito nenhum, estar em casa com a possibilidade de presenciar mais algum barraco ou de passar fome. A escola era uma zona segura. A educação salvou a minha vida".
O livro Tem que Vigorar é um sucesso de vendas, chegando a figurar até entre os mais vendidos da Amazon. Leia mais aqui.