Juíza arquiva processo que pedia R$ 1 bilhão ao Porta dos Fundos

Ação foi movida por grupo cristão após especial de Natal polêmico

Divulgação/Netflix
A primeira tentação de Cristo (2019) (foto: Divulgação/Netflix)
A ação movida pelo Templo Planeta do Senhor contra a Netflix e a produtora Porta dos Fundos foi arquivada nesta semana. O processo pedia uma indenização de R$ 1 bilhão por causa do especial de Natal Se beber, não ceie.

O recurso do grupo foi negado em segunda instância em novembro de 2020, mas foi na última quinta (18/2), que foi encaminhado para a Central de Arquivamento. A ordem foi da juíza Eunice Haddad.

O pedido pela indenização por danos morais surgiu porque o grupo alega ter se incomodado pela representação de um “Jesus Cristo homossexual, que faz uso de chás alucinógenos e que, ainda, tem dúvida quanto ao seu dever como filho de Deus” no especial de comédia.

Mas há um detalhe curioso na ação movida pelo Templo: o processo refere-se, como foi dito, ao especial Se beber, não ceie, mas o filme no qual Jesus é sugerido como homossexual é o A primeira tentação de Cristo, estrelado por Gregorio Duvivier.
 
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Se beber, não ceie (2018) (foto: Divulgação/Netflix)

Se beber, não ceie foi dirigido por Rodrigo Van Der Put, que também fez A primeira tentação de Cristo, especial estrelado por Fábio Porchat como Jesus e vencedor do Emmy Internacional na categoria de melhor série de comédia.

O Porta dos Fundos, no entanto, ainda está sendo processado por um grupo católico, a Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. O processo trata do mesmo assunto do que foi arquivado, mas este segue em andamento pois, segundo Eunice Haddad, representa todos os cristãos.