Fernanda Gentil relata episódio de homofobia em aeroporto: 'Ô sapatão!'

Jornalista ainda relatou dos comentários homofóbicos nas redes sociais e de ter enviado mensagem para alguns haters

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Fernanda Gentil (foto: Reprodução/Instagram)

Durante entrevista ao podcast Fala, Brasólho, apresentado pelo youtuber e jornalista Fred, do canal Desimpedidos, Fernanda Gentil abriu o coração e relatou alguns comentários homofóbicos que já recebeu em público e na internet.

A jornalista de 35 anos, que é casada com Priscila Montadon há cinco anos, contou que foi vítima de homofobia em um aeroporto com a esposa. "Teve um dia que eu estava no Santos Dumont [aeroporto do Rio], foi a primeira e única vez que isso aconteceu em público. Na rede social, é óbvio que já. A gente [ela e a esposa] estava andando de mãos dadas e o cara [gritou]: 'Ô sapatão!'. E aí eu olhei e falei: 'Oi? O que foi?'. E o cara 'Ah, é..'. Ele desenrola tudo na mesa para falar e quando a gente fala ele: 'Nada'. Nem sabe para que fala. Ele normaliza um negócio que é agressivo e quando você também normaliza sem pensar na reação, ele fica quieto", contou. 

 

A jornalista ainda relatou dos comentários homofóbicos nas redes sociais e de ter enviado mensagem para alguns haters. "Já fiz esse teste várias vezes. O cara me comendo nos comentários e eu mandar um direct: 'Oi, tudo bem? Algum problema?" e ele responder: 'Nossa, sou muito sou fã. Queria muito uma atenção!' Gente! É sem pensar. Então assim, sem pensar por sem pensar, eu também sei fazer. Eu vou virar e falar "O que é que foi?". 

 

A loira também lembrou de quando era repórter de campo e ouvia ofensas da torcida como, por exemplo, ser chamada de "piranha". "Repórter de campo, então, a gente está muito na fogueira o tempo inteiro. Você cruza o campo para falar com o jogador e o time está ganhando? É "Gostosa!". Não curto. Não é assim que quero ser chamada de "gostosa". Por 30 mil pessoas em um estádio? Dessa maneira nojenta? Se cruza o campo e o time está perdendo, é "piranha". E não pode normalizar. Eu achava que era do jogo e estava muito focada onde eu estava mirando, o que não justifica eu não ter lutado pelos meus direitos. Era o mínimo que eu podia fazer, mas hoje em dia sei que deveria ter lutado".