Disney, Sony, Warner e Paramount cancelam estreias de filmes na Rússia

Red - Crescer é uma fera, Morbius, Cidade perdida, Sonic 2 e Batman, estão entre os filmes que não vão entrar em cartaz

Divulgação/Disney/Warner/Paramount/Montagem
Red - Crescer é uma fera, The Batman e Sonic 2: O filme, estão entre os filmes que não vão entrar em cartaz na Rússia (foto: Divulgação/Disney/Warner/Paramount/Montagem)

Warner Bros. Pictures, Walt Disney Company e Sony Pictures, três dos maiores estúdios de Hollywood, anunciaram que suspenderam por "tempo indeterminado" as estreias de seus filmes nos cinemas da Rússia, em função da invasão russa à Ucrânia desde a semana passada.

A medida acontece após as sanções aplicadas por vários países que têm se posicionado ao lado da Ucrânia em meio ao conflito iniciado por Vladimir Putin como forma de barrar a entrada do país europeu na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), fato que o Kremlin viu como uma ameaça a sua soberania.

 

De acordo com um comunicado oficial emitido na última segunda-feira (28/02), a Disney anunciou que nenhum filme do Walt Disney Studios, Animation, Lucasfilm, Pixar e Marvel serão exibidos na Rússia.

 

"Devido à invasão não provocada à Ucrânia e à trágica crise humanitária, estamos suspendendo a estreia de filmes na Rússia, incluindo o próximo Red - Crescer é uma fera da Pixar", informou a empresa em nota.

 

"Tomaremos futuras decisões comerciais em função de como a situação se desenvolver", acrescentou.

 

A Disney Company reforçou que vem auxiliando ONGs para fornecer ajuda emergencial e outras formas de assistência humanitária aos refugiados ucranianos.

 

Depois da empresa do Mickey Mouse, foi a vez da Warner Bros. se pronunciar sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia e comunicou que a estreia do filme Batman, estrelado por Robert Pattinson, prevista para a próxima sexta-feira (04/03), não aconteceria nas telonas russas.

 

"Em relação à crise humanitária na Ucrânia, a Warner Media está pausando o lançamento do seu filme, Batman, na Rússia", diz a nota. "Continuaremos monitorando a situação à medida em que ela evolui. Esperamos uma solução rápida e pacífica para esta tragédia", completa o estúdio.

 

A Sony Pictures, filial do grupo japonês Sony, se uniu à iniciativa e também suspendeu a estreia de seus filmes na Rússia, incluindo o aguardado Morbius com Jared Leto.

 

A empresa justificou em um comunicado que a decisão foi tomada "com base na ação militar que perdura na Ucrânia, a incerteza resultante e a crise humanitária provocada na região, estamos pausando nossos lançamentos do cinema na Rússia".

 

"Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles que foram impactados, e esperamos que essa crise seja resolvida rapidamente", complementou.

 

A Paramount bateu o martelo nesta terça-feira (01/03) e também retirou seus próximos lançamentos dos cinemas russos. A decisão afetará títulos como Cidade perdida e Sonic 2: O filme.

 

Embora as vendas de ingressos na Rússia não sejam tão significativas quanto na China, ainda é um mercado proeminente para os estúdios de cinema. Em média, a bilheteria russa responde por cerca de 3% de todas as vendas globais de ingressos, de acordo com as informações da consultoria Comscore.

Netflix desafia determinação do governo da Rússia

A Netflix, maior plataforma de streaming do mundo, também vem batendo de frente com o presidente russo, Vladimir Putin. A empresa anunciou, também na segunda-feira (28/02), que não deve cumprir a lei de audiovisual da Rússia que exige a inclusão de 20 canais públicos para poder operar no país.

 

Essa legislação, que entra em vigor a partir desta terça-feira (01/03), determina que a plataforma e outros serviços audiovisuais exibisse canais estatais russos em seu catálogo, como o Channel One, um dos principais veículos de mídia aliados ao Kremlin, o de entretenimento NTV e um dedicado à Igreja Ortodoxa Russa, intitulado Spas.

 

Um porta-voz da Netflix revelou à imprensa norte-americana que não há qualquer intenção de cumprir a ordem dado o atual cenário de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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