Filme com Meryl Streep em homenagem a feministas abre Festival de Londres

Baseado em fatos reais Suffragette conta sobre o movimento para exigir o direito de voto para as mulheres no Reino Unido.

por AFP 07/10/2015 14:42

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LEON NEAL
A atriz britânica Carey Mulligan e a americana Meryl Streep na apresentação de "Suffragette" no Festival de Londres. (foto: LEON NEAL)

Reprodução
Cena do filme "Suffragette" sobre a luta feminina na Inglaterra (foto: Reprodução)
O Festival de Cinema de Londres (LFF) começou nesta quarta (07) com Suffragette, uma homenagem às feministas britânicas que lutaram pelo direito de voto. O longa é estrelado por Meryl Streep.

"É um filme tão importante...", declarou a atriz americana, três vezes vencedora do Oscar, que interpreta Emmeline Pankhurst. Em 1903 ela fundou a União Social e Política das Mulheres, para exigir o direito de voto para as mulheres no Reino Unido.

O filme narra os problemas enfrentados por Pankhurst por ter incitado as mulheres a desobediência civil - pedradas nas janelas, incêndios, manifestações... - depois de anos exigindo em vão o direito de voto.

Streep aparece apenas alguns minutos na tela, porque Sarah Gavron, a diretora, e Abi Morgan, o roteirista, escolheram contar a história do ponto de vista de Maud, interpretada pela atriz britânica Carey Mulligan, uma trabalhadora de uma lavanderia da Londres de 1912, casada com uma colega e mãe de uma criança pequena.

"É um dos grandes sucessos do filme. Não se trata de mulheres de um meio favorecido, é a história de uma menina da classe trabalhadora e, portanto, nos permite entrar facilmente no filme", afirma Streep.

No início, Maud se compromete timidamente com a luta, tão surpresa quanto seduzida por apedrejar as janelas das lojas do West End de Londres.

Mas  logo percebe que quer algo mais do que uma vida sob o controle de um chefe estuprador, submetida a injustiças e ao silêncio.Incentivada pela solidariedade entre as sufragistas, mergulha em ações clandestinas, particularmente ao lado de Edith (Helen Bonham Carter), uma farmacêutica.Maud enfrenta golpes da polícia, celas insalubres, a rejeição de seu marido e de sua vizinhança, e a privação de ver seu filho. Mas dia após dia se convence de que não haverá um futuro melhor sem mais direitos.

"O filme não se parece com um documentário histórico, é um filme sobre o que acontece hoje", disse Carey Mulligan.

 

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