Muita gente, muito trânsito, muito lixo: os desafios do carnaval de BH

Foliões largaram sujeira por onde passaram, obrigando os garis a se desdobrarem para deixar a capital pronta para a festa (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Os números dão dimensão para o tamanho da festa que, nos últimos dias, tornou Belo Horizonte uma das capitais do carnaval brasileiro. Que a cidade mineira já se tornou uma das casas do Rei Momo, todo mundo já sabe. Mas fato é que os cortejos dos centenas de blocos que cruzaram BH desde sexta-feira também geraram muito trabalho para as equipes de limpeza, transporte público e segurança. Segundo a prefeitura, os garis recolheram 58,7 toneladas de resíduos entre sexta-feira e segunda, balanço divulgado até o fechamento desta edição.

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Ainda de acordo com a prefeitura, 590,5 mil litros de água foram usados somente para a limpeza das ruas e avenidas que receberam foliões nas nove regionais de BH. Desde o início do pré-carnaval de Belo Horizonte, em 8 de fevereiro, já foram recolhidas 691 toneladas de lixo e utilizados 898 mil litros de água para lavar as vias públicas. Cerca de 1.400 garis atuaram nos trabalhos.

O tamanho da tarefa enfrentada pelos garis será recompensado com o Bloco da Limpeza, que desfilará pela Avenida Afonso Pena hoje, entre as 9h e as 11h, com o já conhecido bom humor de quem pouco é reconhecido, mas sempre dá duro para que Belo Horizonte seja uma cidade mais bonita.

Transitar pela cidade foi uma das tarefas mais complicadas para os foliões. Seja de aplicativo, a pé, de carro, moto ou de ônibus, os bloqueios de via para o vaivém dos trios elétricos e blocos se mostraram um verdadeiro teste de paciência. Para não ficar presos no trânsito, muitos foliões optaram por se deslocar pela cidade a pé, percorrendo vários quilômetros na caça ao próximo bloco.

Segundo a prefeitura da capital, 48.370 viagens de ônibus foram realizadas entre sábado e segunda de carnaval em BH – média de 95,4%dos trajetos programados para o período, ligeiramente inferior ao informado pela BHTrans por meio de suas redes sociais.

Para atender às demandas da folia na capital, a empresa de trânsito realizou operação de transporte para o desfile de 244 blocos pela cidade, restringindo a circulação de diversas áreas, como o Hipercentro, Pampulha e o Bairro Santa Tereza. A Avenida do Contorno, um dos poucos grandes corredores livres durante todos os dias, acabou recebendo um número expressivo de carros e, consequentemente, exigindo muita calma de quem transitava por ela. Para direcionar o tráfego pela cidade, foram usados milhares de itens de sinalização móvel.