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Salomão Vieira detalhou em uma live que Rafaella Santos repassou o dinheiro para ajudá-lo na contratação de seguranças para ficar no QG do exército
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de ajudar a financiar os acampamentos golpistas pouco antes dos ataques de 8 de janeiro à Praça dos Três Poderes, o influenciador gospel Salomão Vieira admitiu que recebeu uma doação de R$ 80 mil de Rafaella Santos, irmã do jogador de futebol Neymar Jr.
Em uma live, Vieira detalhou que o dinheiro foi usado para pagar seguranças particulares que o protegessem em protestos no quartel-general do Exército em São Paulo. Vale destacar, que esses protestos tinham como objetivo contestar o resultado das eleições presidenciais e pressionar o então presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) a convocar as Forças Armadas e promover uma ruptura institucional.
"Eu fazia voos de helicóptero, lembram-se disso? Hospedava-me todos os dias nas proximidades do QG de São Paulo em um hotel de luxo, cuja diária era de 912 reais. Pagava quatro seguranças com dinheiro de doação. Meus fãs e seguidores doavam, como o jogador Rivaldo doou, como a Rafaella, irmã de Neymar, que doou 80 mil reais e sabia que eu usava isso para pagar segurança. Eu sofria muitas ameaças", declarou em um trecho da transmissão.
A assessoria de imprensa de Rafaella negou a informação e afirmou que ela não fez qualquer transferência de dinheiro via PIX, tampouco, tem vínculo com ele.
Foragido do país e alvo de um mandado de prisão, Salomão Vieira migrou para o Paraguai, onde confidenciou a outros investigados, também alvos do ministro do STF Alexandre de Moraes, a identidade de algumas personalidades que teriam ajudado com doações. Na ocasião, ele disse ter recebido 50.000 reais do pentacampeão do mundo e uma ajuda financeira da influencer.
Rivaldo confirmou, por meio de seu advogado, ter feito duas doações, num total de R$ 2 mil reais, ao investigado. Disse que realizou os repasses em novembro do ano passado e que eles foram feitos a pedido de Vieira. De acordo com a defesa do ex-jogador, a quantia seriam para ajudar pessoas carentes da igreja de Salomão e não atos golpistas.
As informações foram divulgadas nesta semana pela revista Veja numa reportagem assinada pelo jornalista Ricardo Chapola.