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Descubra o motivo por trás dos nomes drags das participantes do reality

Com oito episódios, a série da Amazon Prime Video é comandada por Xuxa Meneghel ao lado de Ikaro Kadoshi

Descubra o motivo por trás dos nomes das participantes do reality Divulgação
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 14/04/2023 09:38
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Xuxa Meneghel comanda a primeira temporada do Caravana de Drags, reality show brasileiro Original Amazon com drag queens que estreia nesta sexta-feira (14/04), no Prime Video. A eterna rainha dos baixinhos divide o espaço com Ikaro Kadoshi, uma das artistas drag mais reconhecidas do Brasil.

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apresentadora revelou a história por trás do nome escolhido para sua persona drag e destacou 

que o nome de guerra é uma homenagem à sua mãe, Alda Meneghel (1937-2018). "É o nome que a minha mãe queria me dar, Morgana Sayonara. Ou Ivan Ejandrei se fosse homem. Mas como quase morri no parto, meu pai rapidamente colocou Maria da Graça por ele ter feito um pedido a Deus que se eu sobreviesse, porque era eu ou minha mãe e ele a escolheu, teria o nome de uma santa. Mas minha mãe nunca me chamou assim na vida dela. Queria que eu fosse Morgana", contou.

 

"Eu entrei em casa ela já me apresentou como um bebê, meu irmão já deu o nome de Xuxa e eu fui batizada de Xuxa desde que eu nasci. Até pra assinar o meu nome não tinha na escola, eu tinha que botar 'Maria da Graça (Xuxa)', mas ela sempre guardou a vontade de me chamar de Morgana Sayonara. Então quando eu me vesti de drag eu falei 'Pronto, eu vou realizar o sonho da minha mãe'. Morgana está nascendo aqui nessa drag. A minha Morgana está viva agora cada vez que a gente fizer, né? Segunda, terceira temporada..", acrescentou a comunicadora.

 

Ao longo de oito episódios em diferentes cidades brasileiras - incluindo Diamantina, no Norte de Minas Gerais, a produção acompanha dez artistas drags que viajam a bordo de um ônibus extravagante, em cada local, a criatividade e adaptação das competidoras são postas à prova ao enfrentarem desafios que remetem a diversas tradições brasileiras, como o futebol. A atração já está disponível, na plataforma de streaming, em mais de 240 países e territórios. 

 

Em vídeo enviado com exclusividade ao portal Uai, descubra o motivo por trás dos nomes de algumas das participantes do reality - Chandelly Kidman, DesiRée Beck, Enme, Frimes, Gaia do Brasil,Morgante, Ravena Creole, Robytt Moon, Slovakia e a mineira Hellena Borgys, natural de Itapagipe, no Triângulo Mineiro.

Chandelly Kidman

Artista piauiense, já foi eleita Top Drag Piauí (2013), Brazilian Drag - Blue Space - SP (2014), e Rainha do Carnaval Gay de Teresina (2015). Ganhou destaque nacional e mundial em 2015, quando desenvolveu um trabalho voluntário com crianças em tratamento oncológico. Já em 2018,  Chandelly viralizou na internet com um vídeo com mais de 7 milhões de visualizações e em 2019 recebeu a maior medalha de Honra do Piauí - a Ordem Estadual do Mérito Renascença. Desde 2020 trabalha também como influenciadora digital.

"Chandelly é uma sobremesa. Foi o meu ex-namorado que me batizou, ele me via doce, e eu gosto muito de doce. E o Kidman é por que eu sou muito fã da atriz Nicole Kidman".

Chandelly Kidman

DesiRée Beck

Artista baiana com sete anos de estrada, apresenta um trabalho versátil como performer, Youtuber, podcaster e M.C. Atua ativamente na cena soteropolitana com shows de dublagem e stand-up em bares, teatros e eventos, conquistando vários títulos em concursos de talento e beleza. No YouTube, com o canal homônimo, ela faz reviews de séries LGBTQIA+, lives interativas e apresenta o concurso nacional TNT DRAG, além do spin- off TNT MACABRA. Recentemente, lançou seu primeiro podcast, A Hora da Drag, já nas listas dos mais reproduzidos das plataformas de áudio.

"Eu vi o nome na mulher do Galvão Bueno. Eu era tipo criança, tinha nove, dez anos. DesiRée eu achei muito forte, muito forte mesmo e eu guardei esse nome DesiRée até quando eu resolvi virar drag, conheci o mundo drag e o Beck é em homenagem ao meu marido".

DesiRée Beck

 

Enme Paixão

Artista queer natural do Maranhão, produtora cultural, cantora, compositora e rapper. Premiada no maior Festival de Hip Hop da América Latina como artista revelação em 2019, a cantora lançou seu primeiro EP Pandú e teve destaque internacional na revista Vogue Itália. Já cantou com artistas como Romero Ferro, Monkey Jhayam e Pabllo Vittar e participou do relançamento do EP Modo Diverso, o primeiro disco de queer rap do Brasil, com Rico Dalasam. Em 2022, Enme lançou seu primeiro disco de estúdio, Atabake, inspirado no Bairro da Liberdade, quilombo urbano onde mora.

"A minha mãe quando ela foi me registrar, ela queria esse encontro consonantal de 'N' e 'M'. Aí ela me registrou como Emerson, ai quando eu comecei a me apresentar artísticamente, eu gostava do som que o 'M', que só o 'M' trazia, pois é um nome que não tem gênero, assim como eu. Então é um nome que não tem nenhum definição, masculino, nem feminino. Então Enme cabia pra mim".

Enme Paixão

Frimes

Nascida em São Luís, capital do Maranhão, é formada em Teatro pela Universidade Federal do Maranhão. Como multi-artista, Frimes é atriz, cantora, compositora, produtora musical e 3D Artist. Teve destaque no filme De Repente Drag (2022), em que interpretou o papel de Lohanny, além de compor a equipe de arte do longa-metragem e produzir parte da trilha sonora original. Na música, o destaque é para o EP F1 (2020), com mais de 600 mil plays em serviços de streaming, e no Youtube para o clipe de Fadinha que conta com mais de 600 mil visualizações.

"Eu tenho uma cantora que eu gosto muito, ela é canadense e se chama Grimes.Ela é uma mulher muito independente, cria a prórpria música dela. E aí, eu só alterei uma letra, o 'G' pelo 'F', aí ficou Frimes".

Frimes

Gaia do Brasil

Nascida em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, a artista trabalha nas artes visuais, como atriz e diretora na cena teatral e musical. Pós-graduada em dança e consciência corporal pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, é diretora e produtora de espetáculos como Dandara (2018), Corpo abjeto (2019), Experimento: Transmutação 1 (2021), A sétima Trombeta (2021), e Operação Tarântula (2021). Gaia também assinou o visagismo do espetáculo Tudo a fazer (2022), da Cia Azul Celeste, com direção de Georgete Fadel; e da Psicorange Tour Colab (2020). Foi a primeira Conselheira Municipal LGBTQIAPN da secretaria de Cultura de Rio Preto (2020-2022).

Hellena Borgys

Personagem criada pelo artista mineiro Uátila Coutinho, que é bailarino profissional, coreógrafo, diretor cênico, maquiador artístico e artista plástico. Já dirigiu shows do Miss Brasil Gay em 2021, coreografou e fez direção de movimento de clipes e shows, e tem experiência com TV, musicais e integrou o elenco das maiores companhias de dança do país, como a São Paulo Cia de Dança, o Grupo Corpo e a Cia de Dança Deborah Colker. Hellena existe há cinco anos, criada para dar vida às pinturas que o artista faz desde a infância. Como performer drag, participou em 2019 do espetáculo Jardim Oriental dos Primeiros Desejos, apresentado no Museu Tomie Ohtake, em São Paulo.

"A minha mãe sempre saía para trabalhar e eu ficava com a minha avó, porque eu não dava muito bem na creche. Minha avó, era muito noveleira, então ela amava as novelas de Manoel Carlos, e eu assistia muita novela com ela e eu lembro das histórias das Helenas, e era sempre histórias muito forte, mulheres à frente do seu tempo, aí ficou Helena por causa da minha vó e Borgys por causa da minha mãe".

Hellena Borgys

Morgante

Artista multimídia, estudante de psicanálise, oraculista e matriarca da House of Morgante. É formade pela Universidade Anhembi Morumbi em Fashion Business, pelo SENAC em Artes Dramáticas e está cursando Psicanálise pela ABRAFP. Atualmente, desenvolve seu Oráculo: Morgante-se, sua obra teatral autoral Deixei de Ser Amélia para Ser Intergaláctica, com participação de integrantes de sua house, e está em finalização do seu livro Obsessiva, que serve de base para fomentar o seu podcast Intensa Mente Obsessiva, disponível em serviços de streaming. No teatro, no audiovisual e nas artes performáticas já atuou como diretore, performer e atore. Na publicidade, atuou como modelo, atore, apresentadore e influenciadore em mais de 65 campanhas.

Ravena Creole

Baiana de Feira de Santana, interior da Bahia, mora no Rio de Janeiro há 18 anos. Depois de trabalhar como maquiadora profissional, começou a performar em 2012. Ela foi integrante do casting do movimento pioneiro das Neo drags Cariocas do Drag-Se, um canal no YouTube que tem mais de 6 milhões de visualizações e onde tem seu próprio vlog, o DragDoc. Ravena trabalha como produtora de eventos, DJ e é sócia e idealizadora do projeto Dragstar, um concurso para drag queens de todos os estilos e tempos de carreira.

"Ravena foi uma menina que estudou comigo na alfabetização. E eu sempre ficava que nome lindo, que nome forte, eu quero esse nome. Criou ali uma música da Beyoncé, que eu ouvi uma vez e eu me identifiquei muito, uma mistura de várias cores, de tudo. E eu me considero essa mistura, então, eu não gosto de me definir com nada. Cada dia, eu gosto de ser uma coisa diferente".

Ravena Creole

Robytt Moon

Em 2023 a artista completa 25 anos de carreira, já se apresentou nos maiores palcos do Brasil e em 12 países ao redor do mundo. Reconhecida internacionalmente como rainha do maior bate cabelo do Brasil, possui vários títulos de excelência em suas apresentações, como Drag Nostro (2006), Miss Pernambuco (2006), Miss Rio Grande do Sul (2013), além de ter sido eleita rainha do maior bate cabelo do país por sete anos consecutivos pela Banda do Fuxico. A personagem é criação de Roberto Santos, que também é proprietário do Atelier Robytt Moon, stylist, maquiador, peruqueiro, um prestigiado estilista de Carnaval, com mais de 17 anos de atuação.

Slovakia

Natural de São Paulo, é cosplayer há 22 anos, premiada com quatro títulos mundiais, o que a fez a cosplayer mais premiada em competições de ranking mundial da atualidade. É jurada e palestrante, e participa de convenções ao redor do mundo. Drag queen há oito anos, performou em um dos maiores palcos queer do mundo, o Milkshake Festival, em Amsterdã, e teve a oportunidade de fazer shows em mais de 15 países. Também atua como figurinista e performer em São Paulo.

 

Caravana das Drags conta com oito episódios de 45 minutos, além de um episódio especial com a reunião das participantes. A cada episódio, uma participante é eliminada, até que restem as finalistas. O programa foi produzido pela Producing Partners e criado pelos showrunners Tatiana Isa e Guto Barra. Direção é da Bettina Hanna. 

 

Confira, abaixo, o vídeo:

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