Leon, de 12 anos, encontrou várias maneiras de se adaptar à condição congênita de não ter os dedos de uma das mãos. Mas, ainda que sua vida escolar e familiar fosse normal e saudável, algumas dificuldades se impunham no cotidiano do garoto. E isso incomodava seu pai, Paul McCarthy.
E encontrou, de graça, na internet, o projeto perfeito para tornar o sonho possível.
Assista ao vídeo, veiculado na TV norte-americana, com a entrevista de pai e filho. Esta versão foi legendada em português pelo Saúde Plena:
saiba mais
-
'Todos os pais são modificados pelos filhos', afirma autor de livro polêmico que aborda a aceitação de crianças com deficiência
-
Redoma criada por pais pode ter efeito reverso e deixar as crianças mais expostas
-
Cartilha ajuda pais em brincadeiras adaptadas para filhos com síndrome de Down
-
Criança francesa de seis anos que nasceu sem mão receberá prótese impressa em 3D
-
Prótese que simula sensibilidade de membro perdido é esperança contra dores fantasma
-
Impressora 3D cura três bebês com doença respiratória
-
Vídeo que mostra mãe cega vendo bebê pela primeira vez se torna viral
-
Noivo paraplégico surpreende noiva com dança nupcial em pé
-
Entenda o experimento que ajudou bombeiro paraplégico a voltar a andar
-
Pai escreve diário para as três filhas desde a gravidez de cada uma delas; conheça essa história
-
Novos braços mecânicos aumentam liberdade de movimento
-
Hidrogel reduz rejeição após transplante
-
Médicos chineses refazem crânio de homem por meio de impressão 3D
-
Infertilidade é o mesmo que esterilidade? Medicina amplia chances de realizar sonho de ser pai
-
Experiência de interface cérebro-máquina pode levar à cura da paralisia
-
Paciente que perdeu a mão há 10 anos consegue sentir peso e formato de objetos com nova prótese
-
Novo sistema permite controle de cadeira de rodas com movimentos da língua
Leon deixa claro que não se sente diferente. Por lembrar um ciborgue colorido – nas palavras dele -, a nova mão o faz sentir especial, incrível, quase um super-herói. “Quando meu pai chegou com a ideia, achei que ele estava meio maluco, que poderia ser um passo muito grande para mim. Mas deu tão certo que, quando eu crescer e a mão ficar pequena, poderemos imprimir outra”, comemora o menino. Ele agora anda de bicicleta com facilidade e já conseguiu dominar o mecanismo da nova mão para fazer movimentos mais finos, como desenhos.
O aparelho funciona a partir de movimentos feitos no pulso. Um movimento para baixo cria a tensão que fecha os dedos, enquanto o movimento para cima faz com que eles se abram.
Cooperação
Ivan Owen trabalha com efeitos especiais e desenvolveu essa prótese mais acessível quando foi procurado pelo sul-africano Richard Van, que havia perdido dois dedos em um acidente com uma serra. Eles desenvolveram o modelo e procuraram uma empresa especializada em impressões 3-D, na qual descobriram que sim, seria possível reproduzir o projeto. Em minutos, a máquina fabricou a prótese, cujo custo inicial foi de 150 dólares.
O grande diferencial desta história é que Owen optou por deixar o projeto disponível na internet e realizou uma campanha, junto com Richard, para arrecadar fundos.
A mão robótica é composta de 46 peças, sendo 13 impressas e 28 peças comuns, como o cabo de nylon, porcas e parafusos. "Eu sempre tive essa visão, de que as pessoas seriam capazes de produzir suas próprias próteses em casa", revela Owen.
Um dos beneficiados foi o garotinho sul-africano Liam, de apenas cinco anos. Hoje, ele já joga basquete e pega objetos pequenos, como moedas, além de ter muito orgulho em mostrar sua 'mão de robô'. Veja, neste vídeo postado pelo próprio Owen, imagens do pequeno Liam:
Graças a essa atitude colaborativa, Paul McCarthy também foi capaz, a milhares de quilômetros de distância, de proporcionar mais qualidade de vida ao filho.
Criatividade e amor
A criatividade e a dedicação dos pais já proporcionaram momentos de emoção também aqui no Brasil. O maior sonho de um mineirinho de 13 anos com paralisia era jogar futebol. O pai de Felipe, Alexandre Faleiros, não mediu esforços para encontrar uma solução.
Ele criou uma botinha especial que permite ao filho – que nasceu prematuro, com apenas 940 gramas; e foi diagnosticado com lesão cerebral aos três meses de vida - ter a sensação de chutar a bola e participar de uma partida de futebol. Eles já jogaram até contra o time do Atlético-MG no Estádio Independência.
Veja detalhes dessa história na matéria da TV Alterosa: