Segundo divulgado pelo G1 da Globo, o governo federal propôs um novo valor para o salário mínimo de 2026: R$ 1.631. O reajuste supera a inflação e será oficializado até dezembro.
Esse aumento impacta diretamente mais de 59 milhões de brasileiros e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, com pagamento aos trabalhadores a partir de fevereiro.
O que muda com o novo salário mínimo proposto para 2026
O salário mínimo de R$ 1.631 representa um aumento de R$ 113 em relação ao valor atual. O percentual de reajuste, de 7,44%, combina a inflação do período e o crescimento do PIB de dois anos anteriores, conforme prevê a legislação em vigor.
Esse modelo de correção foi sancionado por lei e garante valorização real, indo além da simples reposição inflacionária. O objetivo é proteger o poder de compra do trabalhador e estimular a economia nacional.
Quem será impactado diretamente pelo aumento do mínimo
Mais de 59,9 milhões de brasileiros têm seus rendimentos vinculados ao salário mínimo, segundo o Dieese. Isso inclui diversas categorias e benefícios sociais.
- Trabalhadores com piso salarial atrelado ao mínimo
- Aposentados e pensionistas do INSS
- Beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada)
- Pagamentos como seguro-desemprego e abono salarial
Esses repasses reajustados aumentam o rendimento médio da população e influenciam o consumo interno.

Valor pode mudar até dezembro com base no INPC
Apesar da previsão atual, o salário mínimo de 2026 ainda pode sofrer alterações. Isso porque o valor definitivo depende do INPC acumulado até novembro de 2025.
A fórmula considera esse índice inflacionário e o PIB de dois anos antes. Como o PIB de 2024 foi de 3,4%, a expectativa é de uma correção expressiva, reforçando o ganho real para a população.
Como o reajuste do salário mínimo afeta as contas públicas
Para cada R$ 1 de aumento no salário mínimo, o governo federal calcula uma elevação de R$ 400 milhões nas despesas obrigatórias. Com o reajuste proposto de R$ 113 (113 × R$ 400 milhões), o impacto estimado seria de aproximadamente R$ 45,2 bilhões nas despesas obrigatórias.
Essa elevação atinge diretamente os gastos com previdência, seguro-desemprego e outros benefícios atrelados ao piso nacional. A consequência é a redução dos recursos disponíveis para despesas discricionárias, que incluem investimentos e políticas públicas específicas.
Atenção: Embora positivo para o trabalhador, esse aumento exige planejamento fiscal e pode influenciar futuras negociações no Congresso.
Curiosidades sobre o salário mínimo e sua influência no Brasil
O salário mínimo brasileiro tem um efeito cascata na economia e na sociedade. Além de ser um piso de renda, influencia acordos coletivos e a própria percepção de valor do trabalho.
- O primeiro salário mínimo no Brasil foi instituído em 1940
- Desde 2000, a política de valorização busca recuperar perdas históricas
- Estados como São Paulo e Paraná possuem pisos regionais maiores
- O mínimo serve de parâmetro para benefícios como o PIS/Pasep
Essa influência vai além do bolso do trabalhador: ela molda debates econômicos, decisões políticas e até negociações sindicais.






