A popularização das compras online trouxe praticidade para muitos consumidores, mas também abriu caminho para a atuação de golpistas virtuais que utilizam sites falsos de e-commerce para aplicar fraudes. O ambiente digital facilitou o surgimento de plataformas fraudulentas, que simulam lojas reais e oferecem produtos com preços bastante atrativos. Nas redes sociais, a divulgação desses endereços enganosos ocorre por meio de anúncios, mensagens diretas e perfis que imitam lojas autênticas.
A sofisticação desses crimes aumenta à medida que novas ferramentas tecnológicas, inclusive Inteligência Artificial, são empregadas para tornar as ações dos golpistas ainda mais convincentes. E-mails, SMS e mensagens via aplicativos podem conter promoções tentadoras e até elementos de personalização, trazendo um falso senso de segurança aos potenciais compradores. Sinais de urgência, como promoções com limite de tempo e pressão para finalizar a compra rapidamente, são técnicas comuns utilizadas nessas armadilhas.
Como identificar um site falso de compras?

Reconhecer um site falso pode evitar prejuízos financeiros e transtornos. Um dos principais indícios é o preço dos produtos, geralmente muito abaixo do valor praticado no mercado, o que pode soar bom demais para ser verdade. Além disso, a limitação nas formas de pagamento, principalmente quando só existe a opção de transferência bancária, PIX ou boleto, é um alerta importante. Plataformas legítimas costumam oferecer métodos diversificados como cartão de crédito, débito e até carteiras digitais.
Outras táticas frequentes são a criação de domínios que diferem sutilmente dos endereços originais dos grandes varejistas, incluindo substituições de letras por números ou pequenas alterações quase imperceptíveis. Consumidores também devem desconfiar de lojas que surgiram recentemente nas redes sociais e não apresentam histórico ou avaliações confiáveis.
Quais golpes acompanham a fraude dos sites falsos?
Além da fraude direta na venda, criminosos podem recorrer a esquemas paralelos para convencer ainda mais a vítima de que a compra é legítima. Após o pagamento, é frequente o envio de mensagens automáticas confirmando a transação, além de disponibilização de emails e contatos falsos para simular um serviço de atendimento ao cliente.
- Envio de códigos de rastreamento fictícios para que a vítima acompanhe um pedido inexistente;
- Cobrança de taxas adicionais, como “taxa de reenvio” ou “taxa de liberação” da mercadoria;
- Confirmação fraudulenta do pagamento da taxa extra, criando sensação de legitimidade;
- Perfis falsos em plataformas como Instagram e Facebook, além de sites de apoio que simulam empresas de transporte ou rastreamento de encomendas.
Essas estratégias ampliam o golpe, prolongando o contato com a vítima e dificultando a identificação imediata da fraude.
Como se proteger de sites falsos nas redes sociais?
Com o crescimento do comércio digital e a evolução das tentativas de fraude, adotar medidas de proteção tornou-se essencial. A recomendação é sempre realizar uma pesquisa de preços e reputação das lojas antes de concluir qualquer compra. Buscar avaliações em fontes confiáveis, observar o CNPJ e confirmar se os canais de contato são oficiais pode ajudar a evitar problemas.
- Digite diretamente o endereço do site desejado na barra do navegador, evitando clicar em links recebidos por mensagens;
- Cheque se o endereço eletrônico apresenta o protocolo https e um certificado digital válido;
- Não realize depósitos ou transferências para contas de pessoas físicas;
- Desconfie de ofertas agressivas e pressa para finalizar o pagamento;
- Consulte sempre, no caso de encomendas internacionais, se a empresa transportadora está autorizada pelos órgãos reguladores;
Por fim, a observação atenta dos detalhes, o uso de fontes oficiais para verificar informações e o hábito de desconfiar de condições muito vantajosas continuam sendo práticas indicadas para evitar armadilhas em compras online em 2025.
O que fazer se você já caiu em um golpe de site falso?

Caso o consumidor perceba que foi vítima de um golpe após realizar uma compra em um site falso, é importante agir rapidamente para tentar minimizar os prejuízos. A primeira medida é reunir todos os registros da transação, como comprovantes de pagamento, comunicações com o suposto vendedor, anúncios e prints das páginas. Em seguida, recomenda-se registrar um Boletim de Ocorrência junto à polícia e comunicar o banco ou operadora de cartão de crédito sobre a fraude para tentar o bloqueio da transação ou contestação do pagamento. Também é possível registrar reclamações em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, buscando orientação sobre os próximos passos. Além disso, vale a pena monitorar constantemente dados bancários e cadastrar alertas para identificar movimentações suspeitas, tomando medidas de proteção adicionais para futuros pagamentos online.
Quais são os impactos dessas fraudes no comércio eletrônico brasileiro?
O aumento dos golpes em sites falsos afeta não apenas consumidores individuais, mas também a confiança no comércio eletrônico de forma geral. As perdas financeiras e o desgaste emocional das vítimas geram receio em relação às compras online, podendo impactar negativamente pequenos e médios negócios sérios. Além disso, empresas legítimas precisam investir cada vez mais em segurança digital, autenticação de sites e comunicação transparente para que seus clientes se sintam seguros, o que pode aumentar seus custos operacionais e influenciar nos preços dos produtos e serviços ofertados. Uma consequência adicional é a necessidade de campanhas de conscientização junto aos consumidores para reduzir o impacto desse tipo de ameaça.