Durante um diálogo, é comum que as pessoas busquem criar laços e empatia, mas há comportamentos que podem prejudicar a qualidade da conversa. Um deles ocorre quando alguém, ao ouvir uma história, rapidamente muda o foco para si mesma, interrompendo o fluxo natural do relato do outro. Esse hábito, muitas vezes feito de maneira inconsciente, pode afetar negativamente a comunicação e a percepção de respeito entre os interlocutores.
Esse fenômeno, frequentemente observado em interações cotidianas, é caracterizado por respostas como “isso também aconteceu comigo” ou “deixa eu te contar o que vivi”. Embora a intenção possa ser demonstrar compreensão, o resultado é o oposto: a pessoa que iniciou a conversa sente-se desvalorizada, pois seu relato é interrompido e substituído pela experiência alheia. Segundo especialistas em comunicação, essa atitude é considerada um dos erros mais prejudiciais em conversas interpessoais.
Por que mudar o foco da conversa é prejudicial?
Quando o centro da conversa é deslocado para a experiência pessoal do ouvinte, a mensagem original perde espaço. Isso pode gerar frustração em quem buscava apenas ser ouvido ou compartilhar algo importante. O hábito de trazer o foco para si mesmo impede que o outro se expresse plenamente, minando a confiança e a abertura no relacionamento.
Além disso, esse comportamento pode ser interpretado como falta de empatia ou interesse genuíno. A escuta ativa, fundamental para uma comunicação saudável, é substituída por uma competição de histórias, onde cada um tenta mostrar que sua vivência é mais relevante. Esse padrão dificulta o desenvolvimento de conexões verdadeiras e pode afastar as pessoas ao longo do tempo.

Como evitar esse erro comum nas conversas?
Adotar práticas de escuta ativa é uma das principais recomendações para evitar esse desvio de foco. Isso significa prestar atenção ao que o outro está dizendo, sem interromper ou buscar imediatamente uma ligação com a própria experiência. Demonstrar interesse por meio de perguntas, expressões faciais e comentários que incentivem o interlocutor a continuar falando são atitudes valorizadas em qualquer contexto social.
- Espere o outro concluir: Permita que a pessoa termine seu relato antes de compartilhar algo relacionado.
- Faça perguntas abertas: Incentive o aprofundamento da história, mostrando interesse genuíno.
- Evite comparações imediatas: Priorize a escuta antes de buscar semelhanças com sua própria vida.
- Valide sentimentos: Reconheça as emoções do interlocutor sem desviar o assunto.
Quais são os benefícios de uma escuta atenta?
Praticar a escuta ativa traz vantagens para todos os envolvidos. O interlocutor sente-se respeitado e valorizado, o que fortalece a confiança e estimula conversas mais profundas. Além disso, a compreensão mútua é ampliada, favorecendo relações interpessoais mais saudáveis e colaborativas.
Ao priorizar o entendimento do outro, é possível evitar mal-entendidos e conflitos desnecessários. Essa postura também contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, essenciais em ambientes profissionais e pessoais. Em resumo, ouvir com atenção é um passo fundamental para construir conexões autênticas e duradouras.
Portanto, manter o foco no relato do outro e praticar a escuta ativa são atitudes que promovem respeito e fortalecem os vínculos interpessoais. Pequenas mudanças no modo de se comunicar podem transformar significativamente a qualidade das conversas e das relações no dia a dia.