O mercado de motos elétricas no Brasil disparou 104,74% no primeiro trimestre de 2025, saindo de 1.686 para 3.452 unidades emplacadas. Parece impressionante, mas vamos contextualizar esses números: são 3.452 motos elétricas contra aproximadamente 400 mil motos convencionais emplacadas no mesmo período. É como comemorar que sua empresa cresceu 100% quando você tinha apenas dois funcionários e agora tem quatro.
Não é para diminuir a conquista – qualquer crescimento é positivo – mas precisamos ser realistas sobre onde estamos. VMoto liderando com 1.984 unidades, GCX com 311, Shineray com 171… são números que cabem num estádio pequeno. O mercado de motos elétricas no Brasil ainda está na fase “nicho dentro do nicho”.
Mas aqui está a questão interessante: mesmo sendo pequeno, o crescimento é consistente e as barreiras estão começando a cair. Preço ainda é problema, infraestrutura ainda é limitada, mas pelo menos agora temos opções decentes para comprar. A Shineray SE3 por menos de R$ 15 mil já não é utopia – é realidade que você pode ir na loja e comprar.
Quais são as principais marcas e modelos de motocicletas elétricas no Brasil?

No primeiro trimestre de 2025, a liderança no mercado de motos elétricas foi da VMoto, responsável por 1.984 unidades emplacadas. Outras marcas também tiveram desempenhos notáveis, como a GCX com 311 unidades, Shineray com 171, Shansu com 154 e Watts com 153 unidades. A presença de múltiplos players no mercado evidencia a crescente competitividade do setor. Esse dinamismo não é apenas um reflexo da demanda interna, mas também da busca por inovações que atraiam consumidores, resultando em um mercado diversificado e competitivo.
Entre os modelos disponíveis no país, destacam-se a Shineray SE3, uma scooter elétrica com motor de 2.000 W, velocidade máxima de 59 km/h e autonomia de até 80 km, ideal para deslocamentos urbanos. Outro modelo é a Shineray SE1, que possui duas baterias removíveis de 60V e motor Bosch de 2.000 W, com design voltado à praticidade. A Watts WS120 também se destaca, com motor elétrico de 3.000 W, velocidade máxima de 70 km/h e tecnologia Keyless como diferencial. Este amplo leque de opções oferece características específicas para diferentes perfis de consumidor, desde aqueles que buscam eficiência urbana até os que valorizam tecnologias avançadas.
Quais são os desafios e perspectivas para a expansão das motos elétricas no Brasil?
Apesar do crescimento acelerado, o mercado de motocicletas elétricas no Brasil ainda enfrenta desafios significativos. A infraestrutura de recarga limitada é um dos principais obstáculos para a adoção mais ampla desses veículos. Além disso, o custo inicial das motos elétricas é elevado em comparação às motos a combustão, o que pode desestimular potenciais compradores. Para mitigar esses desafios, é essencial que existam incentivos financeiros, além de investimentos em educação do consumidor sobre os benefícios de longo prazo das motocicletas elétricas.
A baixa diversidade de modelos disponíveis atualmente no Brasil também é um fator limitante. No entanto, a entrada de grandes montadoras no mercado e o aumento da produção nacional indicam uma tendência de expansão. Com os incentivos adequados, o setor tem potencial para se consolidar ainda mais. Espera-se que, nos próximos anos, o aumento das parcerias entre empresas privadas e governos amplie significativamente a infraestrutura de suporte necessário para a expansão do mercado de motocicletas elétricas no país.
Quais são as iniciativas para superar os desafios do mercado de motos elétricas?
Para superar os desafios enfrentados pelo mercado de motocicletas elétricas, tanto o governo quanto a iniciativa privada estão intensificando os investimentos em infraestrutura. Políticas públicas estão sendo implementadas para ampliar o acesso ao crédito e facilitar a aquisição desses veículos. Além disso, esforços estão sendo feitos para aumentar a diversidade de modelos disponíveis no mercado brasileiro. Exemplos dessas políticas incluem incentivos fiscais, créditos especiais para compra e suporte técnico para inovações tecnológicas no setor elétrico.
Essas iniciativas visam acelerar a transformação do setor e tornar a mobilidade elétrica uma realidade viável e sustentável no país. Com a combinação de investimentos em infraestrutura, políticas de incentivo e aumento da produção nacional, o mercado de motocicletas elétricas no Brasil está bem posicionado para continuar crescendo nos próximos anos. Além disso, as parcerias entre governos locais e empresas podem facilitar o desenvolvimento de redes de recarga mais acessíveis, aumentando a confiança dos consumidores na transição para a mobilidade elétrica.
Como o mercado de trabalho é impactado pela crescente demanda por motos elétricas?

A crescente demanda por motocicletas elétricas no Brasil tem gerado efeitos positivos no mercado de trabalho, criando novas oportunidades de emprego, especialmente nas áreas de engenharia, manufatura e manutenção de baterias. Fábricas e montadoras têm ampliado suas operações para atender à demanda, resultando na necessidade de contratações em diversos setores, desde a produção até a venda e manutenção dos veículos elétricos. Isso não apenas contribui para a redução do desemprego, mas também promove o desenvolvimento de novas habilidades e tecnologias relacionadas à eletrificação.
Além disso, programas de formação e capacitação estão sendo implementados para preparar a mão de obra para o mercado de veículos elétricos. Isso garante que a força de trabalho esteja apta a lidar com as novas tecnologias envolvidas, mantendo a competitividade da indústria nacional no cenário global. A integração de tecnologias sustentáveis nos processos produtivos reflete um compromisso do setor com o desenvolvimento econômico alinhado às metas ambientais.
Quais são os benefícios ambientais associados ao aumento das motos elétricas?
A expansão do uso de motocicletas elétricas contribui significativamente para a redução da poluição do ar e da emissão de gases de efeito estufa, elementos críticos na luta contra as mudanças climáticas. As motos elétricas funcionam sem a queima de combustíveis fósseis, o que diminui a pegada de carbono. Além disso, o silêncio das motos elétricas contribui para a redução da poluição sonora, promovendo um ambiente urbano mais agradável e sustentável. Com a crescente demanda por energias renováveis, a promessa é que a matriz energética para carregamento desses veículos também se torne mais limpa.
Além dos benefícios diretos ao meio ambiente, o aumento do uso de motos elétricas também incentiva o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem e gestão de resíduos para baterias, um aspecto crucial na sustentabilidade de longo prazo do setor. Ao promover tecnologias que reduzem a dependência de fontes não-renováveis, o mercado de motocicletas elétricas se posiciona como um importante aliado na preservação dos recursos naturais e na mitigação dos impactos ambientais das atividades humanas.
Como avaliar se vale a pena comprar moto elétrica hoje?
Para delivery profissional urbano, conta fecha. Economia operacional é real e significativa. Para uso pessoal ocasional, ainda é aposta arriscada – você paga mais caro por limitações que moto a combustão não tem.
Se você mora em apartamento sem garagem para carregar, esqueça. Se roda mais de 50 km por dia regularmente, pense duas vezes. Se precisa viajar para cidades pequenas, não é para você ainda.
Mas se usa moto só para trabalho urbano até 40 km/dia, tem lugar para carregar em casa, e quer economizar combustível, algumas das opções atuais podem fazer sentido. Só não espere que seja tão conveniente quanto moto convencional – pelo menos ainda não.