Desde o seu lançamento em 2020, o Pix se consolidou como o principal meio de transações financeiras no Brasil. Sua facilidade e rapidez revolucionaram a forma como os brasileiros realizam pagamentos e transferências. No entanto, essa mesma simplicidade atraiu a atenção de criminosos, que passaram a aplicar diversos golpes utilizando essa ferramenta.
De acordo com um relatório da Siverguard, uma empresa de cibersegurança, cerca de 40% dos brasileiros já foram vítimas de algum tipo de golpe envolvendo o Pix. Esses golpes geralmente envolvem a manipulação da vítima para que ela transfira dinheiro para contas fraudulentas. A seguir, serão detalhados os principais tipos de golpes que têm sido aplicados.
Quais são os principais golpes do Pix?

Os golpes do Pix são variados, mas alguns se destacam pela frequência com que ocorrem. Entre os mais comuns estão o golpe do produto ou loja falsa, o golpe do falso parente pedindo dinheiro, o golpe de falsos investimentos, a compra de produtos de redes sociais hackeadas e o golpe da falsa central de atendimento.
O golpe do produto ou loja falsa envolve a criação de anúncios de produtos inexistentes, geralmente com preços muito atrativos. Os criminosos exigem que o pagamento seja feito exclusivamente via Pix, evitando métodos como boleto ou cartão de crédito. Já o golpe do falso parente é realizado através da clonagem de contas de WhatsApp, onde os golpistas pedem dinheiro a contatos da vítima, alegando emergências financeiras.
Como os golpistas utilizam o Pix para aplicar golpes?
O Pix se tornou uma ferramenta atraente para golpistas devido à sua rapidez e facilidade de uso. Criminosos utilizam técnicas de engenharia social para enganar as vítimas, criando histórias convincentes para obter dinheiro ou informações pessoais. A abordagem pode variar desde ofertas de investimentos com retornos garantidos até pedidos de ajuda financeira por parte de supostos parentes.
Além disso, os golpistas frequentemente se passam por funcionários de bancos, alegando problemas na conta da vítima e solicitando transferências via Pix para resolver a situação. É importante lembrar que bancos legítimos não pedem transferências de dinheiro por telefone ou mensagem de texto.
É possível recuperar dinheiro perdido em golpes do Pix?
Para aqueles que caíram em golpes do Pix, ainda há esperança de recuperar o dinheiro. O Mecanismo Especial de Devolução (MED) pode ser acionado rapidamente através do banco da vítima. É crucial interromper qualquer comunicação com o golpista, documentar o ocorrido e registrar um boletim de ocorrência.
Embora o Pix tenha facilitado a vida financeira de muitos brasileiros, é essencial estar sempre atento e tomar precauções para evitar cair em golpes. Verificar a autenticidade de lojas e ofertas, desconfiar de pedidos urgentes de dinheiro e confirmar informações diretamente com bancos são algumas das medidas que podem ajudar a proteger os usuários.
Quais sinais ajudam a identificar um possível golpe com Pix?

Identificar um golpe antes de realizar uma transação é essencial para evitar prejuízos. Entre os principais sinais de alerta estão a pressa excessiva no pedido de transferência, erros gramaticais ou ortográficos nas mensagens, e a recusa em aceitar formas alternativas de pagamento. Além disso, links suspeitos enviados por redes sociais ou e-mail, especialmente sem contexto, também devem ser evitados. Outra dica importante é desconfiar de mudanças súbitas em números de telefone ou contas bancárias que costumam ser utilizadas por conhecidos, nesses casos, é sempre recomendável confirmar a informação por outro canal confiável.
O que fazer para se proteger de golpes ao usar o Pix?
A proteção contra golpes com Pix envolve tanto atenção no momento da transação quanto práticas de segurança digital no dia a dia. Utilizar a verificação em duas etapas em aplicativos de mensagem, manter o sistema operacional e os aplicativos bancários atualizados e evitar clicar em links enviados por desconhecidos são medidas fundamentais. Também é recomendado nunca divulgar dados bancários em redes sociais ou deixar senhas salvas em dispositivos compartilhados. Por fim, usar senhas fortes e únicas para cada serviço ajuda a reduzir o risco de invasões e fraudes.