A busca por veículos econômicos virou uma obsessão nacional, mas será que estamos olhando apenas para os números certos? Em 2025, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE) apresentou sua tradicional lista dos modelos flex mais eficientes, porém uma análise mais profunda revela aspectos que vão além do simples consumo por quilômetro. O foco exclusivo em hatches e sedans compactos com motores 1.0 pode estar limitando as opções dos consumidores que buscam verdadeira eficiência energética.
Embora o ranking oficial priorize apenas o consumo urbano, fatores como durabilidade do motor, custo de reposição de peças e desvalorização do veículo não são considerados na equação. Isso significa que um carro “econômico” no papel pode se tornar caro na prática. A realidade é que muitos desses modelos, apesar de consumirem pouco combustível, apresentam custos ocultos que podem surpreender o proprietário ao longo dos anos.
Quais são os modelos mais econômicos?

Os modelos que se destacam em economia de combustível variam em design e características, mas compartilham a eficiência como ponto comum. A lista começa com o Chevrolet Onix, que ocupa a décima posição, e vai até o Renault Kwid, que lidera o ranking. A seguir, detalhamos cada um desses modelos. Em comparação com modelos anteriores, os avanços tecnológicos em motorização e aerodinâmica permitiram melhorar o consumo de combustível.
Esses modelos são escolhidos não apenas por seus dados de eficiência, mas também por oferecerem um equilíbrio entre preço de aquisição, conforto e praticidade no dia a dia. Aspectos como espaço interno, conectividade e comodidades adicionais tornam esses carros atraentes tanto para jovens quanto para famílias que buscam economia sem abrir mão de conveniências modernas.
Quais são os 10 carros flex mais econômicos de 2025?
- Chevrolet Onix: Equipado com motor 1.0 aspirado flex, o Onix oferece 78 cavalos de potência com etanol e 82 cv com gasolina. Consumo na cidade: 9,6 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina). Este modelo é conhecido por seu design moderno e por contar com recursos tecnológicos de ponta, fazendo dele uma escolha popular no mercado.
- Volkswagen Virtus: Com motor 170 TSI 1.0 turbo flex, entrega 116 cv com etanol. Consumo urbano: 9,2 km/l (etanol) e 13,2 km/l (gasolina). Este sedan compacto oferece um bom espaço interno e um acabamento de qualidade, além de um ótimo equilíbrio entre potência e consumo.
- Hyundai HB20 S: Este sedan possui motor 1.0 aspirado flex, gerando 80 cavalos. Consumo na cidade: 9,7 km/l (etanol) e 13,4 km/l (gasolina). O HB20 S é apreciado por sua confiabilidade e segurança, com várias opções de personalização.
- Hyundai HB20: O hatchback compartilha o motor do HB20 S, com consumo urbano de 9,9 km/l (etanol) e 13,3 km/l (gasolina). Este modelo oferece um excelente custo-benefício para quem busca praticidade e economia.
- Fiat Argo: Equipado com motor 1.0 aspirado flex, oferece até 75 cavalos. Consumo na cidade: 9,4 km/l (etanol) e 13,6 km/l (gasolina). Combinando design italiano com funcionalidade, o Argo é popular entre os motoristas urbanos.
- Peugeot 208: Com motor 1.0 aspirado flex, entrega 75 cavalos. Consumo urbano: 9,5 km/l (etanol) e 13,6 km/l (gasolina). Este modelo destaca-se pelo design europeu arrojado e uma condução que privilegia o conforto.
- Volkswagen Polo: Equipado com motor 1.0 MPI aspirado flex, oferece 84 cavalos com etanol. Consumo na cidade: 9,6 km/l (etanol) e 13,9 km/l (gasolina). O Polo é reconhecido pelo seu desempenho consistente e pelo alto nível de segurança.
- Chevrolet Onix Plus: Com motor 1.0 aspirado flex, o Onix Plus entrega 78 cavalos. Consumo urbano: 9,7 km/l (etanol) e 13,9 km/l (gasolina). Este modelo sedan combina espaço interior generoso com eficiência de combustível.
- Fiat Mobi: Este modelo compacto possui motor 1.0 aspirado flex, gerando até 75 cavalos. Consumo na cidade: 9,8 km/l (etanol) e 14 km/l (gasolina). Popular entre aqueles que buscam um carro compacto para o dia a dia urbano, o Mobi também é versátil e fácil de manobrar.
- Renault Kwid: Liderando a lista, o Kwid é equipado com motor 1.0 aspirado flex, oferecendo 71 cavalos. Consumo urbano: 10,4 km/l (etanol) e 14,6 km/l (gasolina). Conhecido como o “SUV dos compactos”, o Kwid combina estilo aventureiro com economia de combustível.
Por que escolher um carro econômico pode ser vantajoso?
Optar por um carro econômico é uma decisão que pode trazer benefícios financeiros significativos a longo prazo. Além de reduzir os gastos com combustível, esses veículos geralmente possuem manutenção mais acessível e são mais amigáveis ao meio ambiente devido à menor emissão de poluentes. Com a crescente preocupação com a sustentabilidade e a economia, escolher um modelo eficiente é uma escolha inteligente para o futuro. Os consumidores também podem aproveitar incentivos fiscais e taxas de seguro reduzidas associadas a veículos mais sustentáveis.
Com a variedade de opções disponíveis no mercado, é possível encontrar um modelo que atenda às necessidades específicas de cada motorista, sem comprometer o desempenho ou o conforto. A lista apresentada pelo PBVE em 2025 oferece um excelente ponto de partida para quem busca aliar economia e eficiência em seu próximo veículo. Considerando o impacto ambiental e econômico, investir em um carro econômico é mais do que uma tendência passageira, é uma estratégia para um futuro mais sustentável.
Como escolher o carro realmente mais econômico para seu perfil?
A resposta não está em seguir cegamente rankings oficiais, mas em avaliar seu padrão de uso específico. Quem roda menos de 10.000 km por ano deve priorizar menor depreciação e custos fixos reduzidos. Para quem faz mais de 20.000 km anuais, a eficiência energética ganha relevância maior, justificando até mesmo a consideração de modelos híbridos ou com motores turbo mais eficientes.
A localização geográfica também influencia a escolha. Em regiões com etanol de qualidade duvidosa, carros otimizados para gasolina podem ser mais vantajosos. Já em centros urbanos com trânsito intenso, sistemas start-stop e transmissão automática ou CVT podem compensar o consumo ligeiramente maior com menor desgaste mecânico.
Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), veículos com boa aceitação no mercado de usados mantêm até 15% mais valor após três anos de uso. Essa diferença pode superar qualquer economia obtida com menor consumo de combustível, tornando a escolha do modelo uma decisão estratégica de longo prazo que vai muito além dos litros por quilômetro percorrido.