A creatina é um suplemento amplamente utilizado por praticantes de atividades físicas, especialmente aqueles que buscam aumento de massa muscular. Sua popularidade se deve aos benefícios associados ao aumento da força, redução da fadiga e melhora no desempenho em exercícios de alta intensidade. Além disso, estudos indicam que a creatina pode auxiliar na recuperação pós-treino e na prevenção de lesões.
Apesar de sua aceitação entre profissionais da área e respaldo científico, o uso da creatina ainda gera dúvidas e práticas incorretas. Um exemplo recente é o “dry scooping”, que consiste em consumir o suplemento em pó diretamente na boca, sem diluição em líquidos. Essa prática é desaconselhada devido aos riscos à saúde que pode acarretar.
Quais são os riscos do consumo inadequado de creatina?
O consumo de creatina sem diluição pode resultar em diversos problemas de saúde. O pó fino pode se acumular na boca e garganta, causando engasgos e até broncoaspiração, quando partículas são levadas para os pulmões, aumentando o risco de asfixia ou infecções, como pneumonia. Outros efeitos incluem desconforto gástrico, tosse, irritação na garganta e danos à saúde bucal, como desgaste do esmalte dos dentes.
Além dos riscos físicos, a absorção da creatina pelo organismo pode ser comprometida quando não diluída. A creatina é higroscópica, ou seja, atrai e retém água, o que reforça a necessidade de diluição adequada em água, sucos ou leite para que seja bem processada pelo sistema digestivo.

Como deve ser o consumo correto da creatina?
Um mito comum é que a creatina deve ser consumida apenas nos dias de treino. Na realidade, o suplemento precisa ser ingerido diariamente, pois seus efeitos são cumulativos e dependem da saturação dos estoques musculares. O uso esporádico pode comprometer sua eficácia. A recomendação padrão é de 3 a 5 gramas por dia, e doses superiores não trazem benefícios adicionais, podendo sobrecarregar os rins, especialmente em pessoas com predisposição a problemas renais.
Outra crença equivocada é a necessidade de consumir a creatina sempre no mesmo horário. Não há evidências que sustentem essa exigência; o importante é manter a regularidade diária.
Qual é a melhor forma de creatina para consumo?
Entre as diversas formas de creatina disponíveis no mercado, a versão monohidratada é a mais recomendada. Ela é a mais utilizada em estudos clínicos e há indícios de que outras formas apresentem menor eficácia na saturação muscular. Portanto, optar pela creatina monohidratada pode ser a escolha mais segura e eficaz.
Embora o organismo produza creatina naturalmente, a suplementação deve ser feita com orientação profissional. Pesquisas estão em andamento sobre o uso da creatina em contextos clínicos, como em casos de diabetes, fibromialgia, osteoartrite e saúde cognitiva, mas ainda não há consenso ou protocolos específicos para essas indicações.
Por que é importante buscar informações confiáveis sobre a creatina?
Com o aumento da popularidade da creatina, também crescem os mitos sobre seu uso. Buscar informações confiáveis e seguir orientações corretas é fundamental para garantir segurança e bons resultados. A orientação de um profissional de saúde pode ajudar a evitar práticas inadequadas e maximizar os benefícios do suplemento.