O Brasil está de volta ao Festival de Cannes com tudo. “O Agente Secreto“, do diretor Kleber Mendonça Filho, está concorrendo à Palma de Ouro na 78ª edição do festival mais importante do cinema mundial. A estreia acontece no dia 18 de maio, e todo mundo está de olho.
Wagner Moura volta ao cinema nacional depois de fazer sucesso em Hollywood. Ao lado dele, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Isabél Zuaa e Alice Carvalho completam um elenco que promete. A história se passa nos anos 1970 e acompanha Marcelo, um cara de tecnologia que volta para Recife em busca de paz, mas descobre que a cidade não é bem o que esperava.
Kleber Mendonça Filho já tinha feito barulho antes com “Bacurau” e “Aquarius“. Agora ele quer repetir a dose. É a chance do cinema brasileiro brilhar mais uma vez no palco internacional.
O que significa Wagner Moura de volta?
Wagner Moura virou nome internacional depois de “Tropa de Elite” e “Narcos“. Nos últimos anos, ele esteve focado em projetos de Hollywood, como “Sergio” e “Guerra Civil“. Agora ele escolheu voltar para casa.
Essa decisão não é só pessoal. É um statement. Mostra que o cinema brasileiro tem projetos que valem a pena, que conseguem atrair estrelas internacionais de volta. É um voto de confiança na nossa produção.
Quando um ator do calibre do Wagner escolhe um projeto brasileiro, isso chama atenção lá fora. Distribuidores internacionais prestam atenção. Críticos ficam curiosos. É marketing natural para o filme e para o cinema nacional.

Por que Cannes é tão importante para nós?
Cannes não é qualquer festival. É o lugar onde o mundo inteiro presta atenção no que está rolando no cinema. Para o Brasil, estar lá significa mostrar que nossa produção tem qualidade internacional.
Quando “Aquarius” e “Bacurau” fizeram sucesso por lá, o cinema brasileiro ganhou respeito mundial. Isso abriu portas para co-produções e distribuição internacional. É como se fosse um selo de qualidade que todo mundo reconhece.
Além disso, Cannes é um lugar de negócios. Diretores, produtores e distribuidores do mundo todo se encontram lá. É networking puro. Um filme que faz sucesso em Cannes pode mudar a carreira de todo mundo envolvido.
Qual o impacto de Kleber Mendonça Filho?
Kleber Mendonça Filho virou referência internacional. Seus filmes mexem com questões sociais e políticas de um jeito que todo mundo entende, mesmo quem não conhece o Brasil. É cinema que fala sobre o local, mas dialoga com o universal.
“Bacurau” mostrou isso perfeitamente. Um filme sobre uma cidade do interior brasileiro que virou cult mundial. Kleber tem esse dom de pegar questões nossas e torná-las relevantes para qualquer pessoa, em qualquer lugar.
Com “O Agente Secreto“, ele continua explorando a tensão entre tradição e modernidade. É sobre identidade, sobre mudanças sociais, sobre como o passado influencia o presente. Temas que todo mundo consegue se conectar, independente de onde vem.
Quem mais está brigando pela Palma de Ouro?
A competição de 2025 está acirrada. “O Agente Secreto” vai enfrentar pesos pesados como “Eddington” do Ari Aster, “The History of Sound” do Oliver Hermanus e “Nouvelle Vague” do Richard Linklater. São nomes que todo cinéfilo conhece.
Cada filme traz algo diferente. Ari Aster é conhecido pelo terror psicológico. Richard Linklater é mestre em narrativas intimistas. É uma mistura rica de estilos e culturas que torna a disputa ainda mais interessante.
O legal é que o cinema brasileiro está no meio dessa briga de igual para igual. Não somos mais coadjuvantes. Estamos disputando o prêmio máximo com as principais potências cinematográficas do mundo.






