Em 2025, os motoristas brasileiros enfrentam um novo desafio ao abastecer seus veículos. Em 1º de fevereiro, o preço da gasolina, etanol e diesel nos postos de combustíveis sofreram um aumento devido ao reajuste do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Este aumento no imposto é uma medida adotada em todos os estados do país, com o objetivo de ajustar o sistema fiscal às condições do mercado.
O reajuste elevou a alíquota da gasolina e do etanol em 10 centavos por litro, enquanto o diesel e o biodiesel tiveram um acréscimo de 6 centavos por litro. Com a alta dos preços dos combustíveis, há uma preocupação crescente com a inflação, já que o custo do transporte impacta diretamente o preço de produtos e serviços.
Por que o ICMS sobre combustíveis foi reajustado?
O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) justificou o reajuste no ICMS como uma estratégia para manter um sistema fiscal equilibrado. A medida visa alinhar a tributação às flutuações do mercado, promovendo uma cobrança mais justa. Apesar de a Petrobras não seguir mais o preço de paridade internacional, as defasagens nos preços domésticos ainda são significativas.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), há uma diferença considerável entre o preço praticado pela Petrobras e o valor no mercado internacional. Essa diferença chega a 85 centavos por litro no diesel e 37 centavos na gasolina. O reajuste busca garantir a segurança na importação dos volumes necessários e evitar prejuízos nas precificações dos produtos dos produtores privados.

Como o aumento do ICMS afeta a economia?
O aumento do ICMS sobre combustíveis tem um efeito cascata na economia. Com o aumento dos custos de transporte, o preço de diversos produtos e serviços tende a subir, contribuindo para o aumento da inflação. Em 2024, a inflação já havia ultrapassado o teto da meta, levando o Banco Central a adotar taxas de juros mais altas para tentar desacelerar a economia.
Além disso, o preço dos combustíveis já vinha sendo pressionado pela valorização do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de 6 reais. O novo aumento no ICMS adiciona mais pressão, tornando inevitável o repasse dos custos aos consumidores nas bombas de combustível.
Quais são as perspectivas para o futuro?
O cenário atual apresenta desafios significativos para a economia brasileira. O segmento de refino, transporte e comercialização da Petrobras enfrenta margens mais apertadas devido à manutenção de preços abaixo do mercado global. A empresa precisa equilibrar suas operações para continuar competitiva, enquanto os consumidores lidam com o impacto direto dos aumentos nos preços dos combustíveis.
Com a inflação pressionando o poder de compra dos brasileiros, é crucial que medidas sejam adotadas para mitigar os efeitos do aumento dos combustíveis. A busca por alternativas sustentáveis e a promoção de políticas públicas que incentivem o uso de energias renováveis podem ser caminhos para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e, consequentemente, os impactos econômicos de reajustes futuros.