A Volkswagen finalmente colocou seu novo SUV nas ruas brasileiras. O Tera chegou para bagunçar o mercado de carros compactos com uma estratégia interessante: ser totalmente brasileiro, mas com pretensões globais. Fabricado em Taubaté, no interior de São Paulo, o modelo foi desenhado por brasileiros para brasileiros, mas vai ser vendido em mais de 20 países.
A grande sacada do Tera está no preço. Começa em R$ 99.990 para as primeiras 999 unidades e chega até R$ 139.990 na versão top. É um posicionamento que mira direto nos concorrentes como Fiat Pulse, Renault Kardian e Citroën Basalt. A Volkswagen não está brincando, quer mesmo disputar esse mercado crescente de SUVs acessíveis.

Como o Tera se diferencia dos concorrentes no mercado?
O Tera chega com algo que poucos carros da categoria oferecem: frenagem automática de emergência em todas as versões. Esse sistema usa câmeras e sensores para detectar obstáculos e frear sozinho quando necessário. É tecnologia que antes só aparecia em carros mais caros, agora chegando na faixa dos R$ 100 mil. A Volkswagen aposta que isso vai fazer diferença na hora da compra.
O SUV tem duas opções de motor: o 1.0 aspirado de 84 cavalos (versão mais barata) e o 1.0 turbo de 116 cavalos (versões intermediárias e topo). O design segue a nova linguagem da marca, com faróis full LED e lanternas que acendem em sequência. São detalhes que mostram que a Volkswagen investiu pesado no visual para atrair consumidores mais jovens.
Qual o impacto da tecnologia brasileira no Tera?
A grande novidade do Tera é a Otto, primeira inteligência artificial criada pela Volkswagen no Brasil. Você ativa com o comando “Fala, Otto!” e ela responde perguntas, ajuda com navegação e até dá informações sobre o carro. É tipo ter um assistente pessoal no seu SUV. O sistema vai estar disponível no segundo semestre de 2025, mas só nas versões mais caras.
O Tera também tem “easter eggs” espalhados pela carroceria, desenhos escondidos que só quem procura encontra. No vidro traseiro, tem uma ilustração com Fusca, Gol e Tera em fila, representando os ícones da marca no país. São detalhes que mostram o carinho que a Volkswagen tem pelo mercado brasileiro e a aposta de que o Tera vai ser o próximo sucesso da marca.
Por que a Volkswagen está apostando alto no Tera?
O Tera faz parte de uma estratégia maior da Volkswagen: lançar 17 carros novos até 2028 com investimento de R$ 16 bilhões. É muita grana em jogo, e o Tera é uma das apostas principais. A marca quer repetir o sucesso do Gol, que foi líder de vendas por 27 anos no Brasil. É uma missão ambiciosa, mas o Tera tem ingredientes para dar certo.
A concorrência é pesada, mas o Tera tem algumas cartas na manga. Ele é maior que os rivais em comprimento (4,15 metros), tem porta-malas espaçoso (350 litros) e vem com garantia de 5 anos. A Volkswagen também promete que vai manter o preço acessível e não vai faltar carro nas concessionárias, problema que aconteceu com outros lançamentos da marca.
Qual o futuro do mercado de SUVs no Brasil?
O mercado de SUVs compactos está bombando no Brasil. Todo mundo quer um carro que seja alto, espaçoso e não custe uma fortuna. O Tera chega no momento certo para surfar nessa onda. Se a Volkswagen conseguir entregar qualidade pelo preço prometido, tem tudo para dar certo.
O grande teste será se o Tera vai conseguir conquistar os brasileiros como o Gol conquistou. É uma missão difícil, mas a Volkswagen parece ter feito a lição de casa. Com preço competitivo, tecnologia de segurança e um design que agrada, o Tera pode mesmo virar o próximo fenômeno de vendas no Brasil. Só o tempo vai dizer se a aposta da marca alemã vai valer a pena.