A Netflix lançou Cilada em 27 de março de 2025 e a série levanta uma questão incômoda: até onde um jornalista pode ir em nome da verdade? Ema Garay, interpretada por Soledad Villami, é uma jornalista que cruza todas as linhas éticas possíveis.
O problema de Cilada não são as reviravoltas ou o mistério. É mostrar uma profissional que age como detetive particular e depois se surpreende quando tudo dá errado. A série tem seis episódios ambientados em Bariloche e expõe os perigos do jornalismo irresponsável.
Como a verdade se revela sobre os personagens?
Leo era inocente desde o começo. Marcos Brown, seu ex-amigo, planejou tudo por vingança. Anos atrás, Marcos se sentiu prejudicado numa disputa de terras e nunca superou. Ele manipulou Martina e enganou Ema com emails falsos.
A morte de Martina foi causada por Armando, filho de Juliana. Armando teve um relacionamento com Martina, descobriu sobre os planos de Marcos e entrou em pânico. O que deveria ser uma investigação jornalística virou uma tragédia com vários mortos.
Por que Ema age de forma tão questionável?

Ema decide criar um perfil falso para pegar um predador online. Quando a primeira tentativa falha, ela vai sozinha ao segundo encontro, sem apoio policial. Qualquer manual de jornalismo diria que isso é loucura total.
A jornalista expõe Leo Mercer nas redes sociais antes de ter provas concretas. Leo insiste que é inocente e que foi atraído por um vídeo de Martina Schulz pedindo ajuda. Ema não investiga essa versão direito e acaba contribuindo para a tragédia que segue.
Que lições a série ensina sobre jornalismo?
Cilada mostra como o jornalismo sensacionalista pode destruir vidas inocentes. Ema expõe pessoas sem investigação adequada e depois precisa lidar com as consequências. Leo conseguiu escapar fingindo estar morto, mas sua reputação foi destruída.
Facundo, pai de Martina, atirou em Leo por causa das acusações publicadas por Ema. Agora ele responde por tentativa de homicídio de um homem inocente. A série questiona se os fins justificam os meios no jornalismo investigativo.
Vale a pena assistir essa crítica ao jornalismo?
Cilada funciona melhor como crítica aos métodos jornalísticos do que como thriller. A série mostra que Fabián Ramos era o verdadeiro predador e foi preso tentando cometer outro crime. Ema poderia ter chegado nele sem destruir vidas pelo caminho.
A produção está disponível na Netflix e é interessante para quem quer pensar sobre ética jornalística. Cilada prova que às vezes o maior vilão não é o criminoso, mas quem deveria estar buscando a justiça da forma correta.