CNN corrige Alexandre Garcia ao vivo após fala sobre remédios contra COVID

Jornalista disse, sem apresentar provas, que medicamentos 'sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas'

Reprodução/CNN
Alexandre Garcia no Liberdade de Opinião (foto: Reprodução/CNN)
Durante o programa Novo Dia desta sexta-feira (24/9), a CNN retificou mais uma vez uma fala do jornalista Alexandre Garcia. No quadro Liberdade de Opinião, o comentarista afirmou que “remédios [contra a COVID] sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas”.

Alexandre falava sobre as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior quando fez o comentário. A empresa é alvo de investigações no Ministério Público, na Polícia Civil e na CPI da COVID por supostamente pressionar seus médicos a receitar aos pacientes medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

“Os tais remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas sendo aplicados imediatamente, mesmo antes do resultado do teste. É na fase 1, na fase 2 às vezes evitam hospitalizações. Na fase 1 sempre evitam hospitalizações, sempre evitam sofrimento. Na fase 3 são ineficazes, depois que a pessoa já está hospitalizada ou intubada. [...] Essa questão de eficácia comprovada a gente só vai saber daqui uns três anos. Agora tudo é experimenta”, disse Alexandre.

Após a fala do jornalista, a apresentadora Elisa Veeck o corrigiu e ressaltou que as opiniões dos comentaristas do programa não refletem a posição da CNN Brasil.

“Reitero sempre para vocês que nos acompanham que as opiniões emitidas pelos comentaristas do quadro não refletem necessariamente a posição da CNN. E mais um acréscimo aqui neste fim do quadro de hoje, a CNN ressalta que não existe um tratamento precoce comprovado cientificamente para prevenir a covid-19. O que a ciência mostra é que a prevenção, com o uso de máscaras e a vacinação, são as únicas maneiras de combater a pandemia”, disse Veeck.

Esta não é a primeira vez que Garcia é corrigido ao vivo na emissora. Recentemente, ele foi desmentido após dizer que jovens "não precisariam tomar a vacina segundo as estatísticas”.

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