Petição cobra retratação da TV Cultura após entrevista com Manuela D'Ávila no 'Roda viva'

O documento repudia a postura 'desrespeitosa' e 'machista' com que a pré-candidata à presidência foi tratada durante a entrevista

por Diário de Pernambuco 27/06/2018 10:58
TV Cultura/Reprodução
Deputada e pré-candidata à presidência Manuela D'Ávila usou camiseta com os dizeres: 'Lute como uma garota'. (foto: TV Cultura/Reprodução)
Após repercussão da entrevista da deputada estadual e pré-candidata à presidência pelo PCdoB Manuela D’Ávila no programa Roda viva, internautas criaram uma petição online exigindo que a TV Cultura se retrate.
 
A atriz Maria Casadeval defende a deputada e compartilhou a campanha no Instagram nesta quarta-feira (27). O documento repudia a postura ''desrespeitosa'' e ''machista'' com que Manuela foi tratada no programa e solicita um espaço para que ela possa ''expor suas propostas sem ser interrompida''

Na noite desta segunda-feira (25), a deputada estadual do Rio Grande do Sul foi entrevistada pela bancada do programa e teve suas falas interrompidas cerca de 60 vezes. Um dos entrevistadores foi Frederico D’Ávila, o coordenador programa de agronegócio do PSL, partido de Bolsonaro.

"Repudiamos a postura desrespeitosa e machista com que a pré-candidata Manuela D’Ávila foi tratada no programa Roda viva na TV Cultura. Exigimos que a emissora cumpra seu papel de veículo público de comunicação dando espaço para que a a pré-candidata exponha de fato suas propostas, marcando uma nova data para um debate real e qualificado, já que ficou impossível no programa exibido na segunda-feira (25), dado o número de interrupções feitas pelos entrevistadores convidados pelo canal e pelo mediador''. 
 
''A emissora deve também se retratar, pois a reprodução do machismo e do desrespeito a mulher foi propagada em rede nacional pública em uma sociedade com altíssimos índices de violência contra a mulher", diz o texto da campanha. Disponível na íntegra no link

O apresentador do Roda viva, o jornalista Ricardo Lessa, negou a acusação de preconceito contra Manuela. "Ela teve mais de 50% de cada bloco de fala sem interrupção. Ao todo, isso deve dar mais de 40 minutos de falas limpa [de total de 80 minutos]. É normal que um debate fique mais acalorado. Não é questão de gênero, mas de jornalismo". 
 
Abaixo, confira o programa: 
 

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