Especial de Natal da Globo Minas reúne diferentes gerações do teatro de BH

O Natal de Rita é 100% 'made in BH'

por Mariana Peixoto 23/12/2017 07:00
ALEXANDRE HUGO/DIVULGAÇÃO
ALEXANDRE HUGO/DIVULGAÇÃO (foto: ALEXANDRE HUGO/DIVULGAÇÃO)

Às vésperas do Natal, uma chefe de família se vê desempregada. Com marido, filha, mãe e sogra para sustentar – e contas vencidas se acumulando em casa – ela encontra uma luz no fim do túnel: um show de calouros, que pode lhe garantir R$ 10 mil.


O Natal de Rita, especial de fim de ano da Globo Minas, será exibido nesta tarde para todo o estado. O telefilme integra um projeto para descentralizar a produção dramatúrgica da emissora. Além da produção mineira, estão sendo lançados outros quatro filmes de diferentes regiões: Meio expediente (Distrito Federal), Felipa e o foguete (Goiás), Guerra da tapioca (Ceará) e Reginaldo Rossi, meu grande amor (Globo Nordeste, este exibido no dia 10).

O especial é 100% “made in BH”. A história, escrita por Germano Melo, é dirigida por Ricardo Alves Jr. O diretor do longa Elon não acredita na morte (2016) estreia num produto para a TV. No elenco, atores conhecidos do teatro mineiro.


A personagem-título é interpretada por Fernanda Vianna, do Grupo Galpão. Seu marido na história, Roberto, é também o marido na vida real, o ator Rodolfo Vaz. E a filha do casal, Júlia Vaz, estreia no especial como atriz – interpretando Malu, a filha do casal de protagonistas.


Outra atriz do Galpão, Teuda Bara, faz Mirtes, a mãe de Rita. E Maria José de Novais Oliveira, mãe do cineasta André Novais (que está em filmes como Ela volta na quinta), vive Donana, a sogra da protagonista. Do elenco principal, a única convidada de fora do Estado é a atriz paulista Gilda Nomacce. “Quis misturar gerações diferentes da cena teatral belo-horizontina”, diz Ricardo Alves Jr., que chamou, para pequenas participações, jovens atores da cena queer da cidade.

CAPITAL Este é o segundo especial do gênero lançado pela emissora em Minas Gerais. No ano passado, foi exibido o especial natalino Santino e o bilhete premiado, de Guilherme Fiúza. Diferentemente do telefilme anterior, ambientado no interior de Minas, O Natal de Rita conta uma história passada em Belo Horizonte.


“Dirigir uma comédia dramática foi uma experiência nova para mim. É um gênero com o qual eu nunca havia trabalhado, ainda mais porque traz ainda a ideia do musical, já que são quatro números musicais”, conta Ricardo Alves Jr. Ele avalia que fazer um trabalho para TV tem diferenças sobretudo em relação aos prazos. “Filmamos no fim de outubro, e ele ficou pronto no início de dezembro. A agilidade é outra”, afirma.


A capital mineira é uma personagem importante na história. Algumas das locações são facilmente reconhecíveis, como o Viaduto Santa Tereza. O apartamento do casal é no bairro da Serra, também lugar de algumas das externas. “O José Alvarenga (diretor da Globo) foi consultor artístico do projeto, e tivemos muito diálogo com ele. Mas nossa autonomia foi total. Por ser um programa regional, perguntaram muito sobre a situação de ser mineiro. Mas eu sempre dizia que a gente aqui não está acostumado com histórias urbanas. E a BH que aparece na história meio que representa todo o Estado.” 

 

O NATAL DE RITA
O especial será exibido hoje, às 14h30, na Globo Minas. Também disponível por streaming pelo globoplay.globo.com

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