Rodrigo Hilbert se veste de drag queen e beija Fernanda Lima no 'Amor & Sexo'

Programa ainda contou com a participação de Liniker, que fez uma versão da música 'Geni e zepelim', de Chico Buarque

por Agência Estado 03/03/2017 10:07

Globo/Cesar Alves
Rodrigo Hilbert se veste de drag queen para participar do 'Amor & Sexo'. (foto: Globo/Cesar Alves)

 O Amor & Sexo da última quinta-feira, 2, contou com uma participação especial para homenagear a cultura LGBT. O ator, apresentador e marido da apresentadora Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, se produziu e subiu no palco com um time profissional de drag queen. No entanto, atração da TV Globo só revelou que era Hilbert por trás da peruca e maquiagem quando Fernanda Lima beijou ''a drag queen misteriosa'' causando ainda mais surpresa. Apenas a apresentadora e a direção do programa sabiam da participação do ator.

A produção de Rodrigo como drag demorou cerca de quatro horas entre a preparação de figurino e maquiagem. ''Não sabia que era tão difícil essa arte. É lindo, maravilhoso! Primeiro, tirei a barba, que já estava há muito tempo. Aí faz o olho, apaga a sobrancelha e a transformação começa. Depois que fez a boca, eu olhei o espelho e pensei: 'Não sou eu'. Ninguém percebeu. Nem as pessoas que me conhecem, com quem eu bati papo, conversei, não perceberam. A surpresa, no final, foi ótima'', conta o apresentador que é casado com Fernanda há 15 anos.

Hilbert também revelou que a ideia de se produzir surgiu em casa durante uma conversa com Fernanda que, além de apresentadora, participa do roteiro e acompanha a produção do programa.

Ela estava a procura de uma personalidade heterossexual para participar da atração. ''Eu fiquei com isso na cabeça, mas não falei nada. Normalmente prefiro ficar em casa quieto com as crianças, mas, quando ela voltou no assunto, eu falei: 'Amor, eu vou ser a drag que você está procurando'. Ela não acreditou'', afirma Rodrigo.

Em cima do salto, o ator falou sobre a importância do apoio do programa Amor & Sexo para a causa LGBT. ''Acho que a gente precisa fazer isso e eu me sinto na obrigação de defender o orgulho LGBT. Não é só o gay que tem que lutar por isso e foi o que pesou bastante na decisão de estar ali. O programa foi bem educativo, a gente aprendeu de uma forma didática e divertida. Espero que as pessoas de casa também aprendam e que esse show que fizemos no palco possa ser levado para a vida e sirva de exemplo'', disse.

 

BENDITA, GENI 

Entre as atrações musicais do programa estavam Gloria Groove, As Bahias e a Cozinha Mineira e Liniker, importantes nomes da chamada MPBTrans, movimento musical que discute a diversidade sexual e luta contra o preconceito. Ao cantar Geni e o zepelim, de Chico Buarque, Liniker fez uma pequena e significativa adaptação.

 

Assim que a canção entrou no refrão, quando canta ''Joga pedra na Geni'', ela parou a canção e disse: ''Não jogo''. ''O Brasil é o país que mais mata travestis, transsexuais, homossexuais no mundo. Isso tem que acabar. Basta! Só assim podemos nos redimir'', disse. E finalizou cantando: ''Bendita, Geni!''. 

 

Liniker, de apenas 20 anos, nascido em Araraquara, São Paulo, não reivindica pronome específico de tratamento, mas fala de si quase sempre no feminino. Surgiu em 2016, quando a música Zero alcançou, em uma semana, a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube. Meses depois ela se juntou a banda Os Caramelows e lançou o álbum Remonta, em setembro do ano passado. 


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