Ronco, apneia, fim de ano e férias: por que o sono pode piorar?

Esta época do ano é tipicamente de maior consumo de bebidas alcoólicas e alimentos; a consequência, nem sempre agradável, está na nossa saúde

Alexandre Rattes 09/01/2020 07:47

Piqsels
Fim de ano leva ao excesso de bebidas alcóolicas e comida e qualidade do sono é afetada (foto: Piqsels)

Passadas as festas de fim de ano, os consultórios de otorrinolaringologistas registram um aumento de consultas de pacientes com queixas de ronco e apneia do sono.

E isso se deve em função de alguns fatos mais frequentes nesta época do ano.

A respiração normal durante o sono não gera ruídos. Na medida em que roncos são observados, isso significa que a passagem de ar está estreita nas vias aéreas superiores e o ar, ao passar por ali, sofre turbulência. Essa turbulência faz vibrar a úvula (também conhecida por “campainha”) e outras partes moles presentes na garganta.

A pessoa que ronca, por mecanismos ainda pouco entendidos, não ouve a maior parte do ruído que produz, quem está ao seu redor o percebe e fica obviamente incomodado.

E de vez em quando recebo pacientes cujos animais domésticos (especialmente cães, gatos e até papagaios) também ficam irritados com o barulho!

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Mas por que nesta época do ano a procura para tratamento de ronco aumenta?

A resposta é: em função das festas de fim de ano e a chegada das férias, aumenta a ingestão de bebidas alcoólicas e as pessoas costumam comer mais antes de se deitar - isso provoca maior relaxamento das vias aéreas durante o sono e consequentemente mais ronco e apneias ocorrem.

Além disso, muitas pessoas ganham mais peso e isso também agrava a situação.

E se você tiver apneia do sono, cuidado redobrado para dirigir em estradas, já que pessoas com apneia obstrutiva sentem muito sono especialmente nas primeiras horas da manhã, depois do almoço e ao entardecer.

E fica a dica: evite beber ou comer à noite!


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