Esclareça dúvidas sobre o transplante capilar

É preciso considerar os prós e contras de cada técnica, o diagnóstico e área da calvície a ser tratada, assim como a disponibilidade da área doadora

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(foto: Pixabay)

O que sabemos hoje  é que o melhor tratamento para a calvície está na associação do tratamento cirúrgico bem feito (microtransplante capilar fio a fio) e do tratamento clinico adjuvante (tricologia), no segmento do pós-operatório.



Primeiramente, o diagnóstico de calvície é feito durante a consulta médica com um especialista, dermatologista ou cirurgião plástico. Nesse momento, será investigada a história pregressa do paciente em relação a aspectos hereditários para a alopecia, histórias de doenças sistêmicas ou doenças do couro cabeludo.

No exame clínico poderemos identificar aspectos importantes sobre a qualidade da pele, a qualidade do fio de cabelo, o padrão de implantação e angulação do fio de cabelo, além da extensão da área a ser tratada.

A técnica cirúrgica a ser utilizada deverá ser decidida entre o cirurgião e o paciente.  Nesse momento, deve ser levado em consideração os prós e contras de cada técnica, o diagnóstico e área da calvície a ser tratada, assim como a disponibilidade da área doadora, as expectativas do paciente e com a maior experiência e vivência do cirurgião com cada técnica. Lembramos que cada dia mais a associação das duas técnicas, chamada de "híbrida" tem sido utilizada em muitos casos para melhores resultados.

Todos os pacientes precisam realizar pré-operatório, que envolve exames laboratoriais, exames de imagem e o risco cirúrgico e pré-anestésico.

Os tratamentos cirúrgicos são realizados em ambiente hospitalar com toda infraestrutura e segurança. Por ser um procedimento de longa duração, é importante que medidas profiláticas adequadas sejam tomadas em todos os casos, tais como o posicionamento adequado do paciente na mesa de cirurgia, o uso de meias compressivas e o uso de botas pneumáticas, diminuindo assim os riscos de tromboses.

Durante o acompanhamento pós-operatório, podemos observar, em alguns pacientes, determinadas “alterações/inflamações” dos bulbos transplantados.

Estas podem estar presentes no período que compreende o primeiro e segundo mês de pós-operatório. Elas são inerentes à integração dos enxertos transplantados para a área receptora. O acompanhamento rigoroso do paciente durante esta fase é fundamental.

Uma vez identificadas essas alterações, as mesmas devem ser tratadas de forma efetiva, a fim de evitar a perda de bulbos e, com isso, obtermos os resultados planejados ao final de um ano de cirurgia.