Programa acolhe homens, mulheres e casais que desejam ter filhos, mas têm dificuldades

Butterbly Coração Tentante também visa oferecer ações que tratem questões emocionais, sociais e biológicas das pessoas que utilizam o serviço

por Bruna Curi* 28/10/2018 10:27

Reprodução/Internet/employer.com.br
(foto: Reprodução/Internet/employer.com.br)

O sonho de muitas mulheres é ter um filho. Porém, podem surgir alguns obstáculos, como a infertilidade, tema considerado tabu. Por isso, encontrar espaço para dialogar é importante nessa trajetória e, assim, algumas pessoas recorrem ao serviço Butterfly Coração Tentante.

O programa surgiu como forma de acolhimento para homens, mulheres e casais que desejam ter filhos, mas que enfrentam algum problema que impede a concretização. Tudo teve início com as sócias Rayda Araújo e Carolina Vieira, que se conheceram ainda na época da faculdade, e que se tornaram mais próximas após problemas ligados à infertilidade.

Quando engravidaram, depois de muita batalha, as duas se juntaram e decidiram compartilhar essa experiência com outras pessoas que passam pela mesma situação. O Butterbly Coração Tentante também visa oferecer ações que tratem questões emocionais, sociais e biológicas das pessoas que utilizam o seu serviço. Todas as ações são feitas para que se estabeleça diálogo de conteúdo informativo.

Os encontros, realizados entre pessoas que sofrem com o problema da infertilidade, permitem troca mútua de experiências, sem contar que as pessoas se sentem menos solitárias ao ver que outras também têm problemas semelhantes.“Assim como eles, conhecemos a dor causada por essa espera, sabemos da angústia gerada pela falta de respostas e falta de expectativas, uma vez que as descobertas científicas são relativamente recentes, e, apesar dos avanços, ainda há muito a se descobrir”, afirma Rayda.

EXPERIÊNCIA

Rafael** e Cecília**, descobriram a existência do programa este ano. Para eles, a iniciativa da Butterfly é ótima, uma vez que oferece um centro de apoio muito bem preparado. “Os profissionais são excelentes e poder estabelecer contato com eles ajuda bastante, principalmente na questão psicológica”, conta Rafael.

Além disso, ele viu uma mudança em relação ao comportamento de Cecília. “Estava me sentindo bastante tranquilo, mas a minha esposa estava muito abatida. Poder conversar com outras mulheres e profissionais fez com que ela se sentisse muito melhor.”

 

**Nomes fictícios para preservar as fontes

*Estagiária sob a supervisão da subeditora Elizabeth Colares