Especialista em ortopedia alerta os idosos para o risco de quedas

Segundo o ortopedista Frederico Augusto Alves Costa do Biocor Instituto, as fraturas do fêmur proximal são responsáveis por uma alta mortalidade, principalmente, entre as mulheres

Estado de Minas 15/02/2018 18:01
Biocor/Divulgação
Para o especialista, o tratamento dessas fraturas é eminentemente cirúrgico (foto: Biocor/Divulgação)
 
As fraturas do fêmur proximal são responsáveis por cerca de 20% dos traumas ortopédicos cirúrgicos de uma unidade de trauma. Estima-se a cada ano cerca de 2 milhões de casos em todo o mundo. Ocorrem mais comumente em pacientes idosos, e com o aumento da expectativa de vida e o maior controle das doenças crônicas, esse número tende a aumentar.
 
Segundo o médico ortopedista Frederico Augusto Alves Costa, membro do corpo clínico do Biocor Instituto, as fraturas mais comuns do fêmur proximal são as da região trocantérica e as do colo femoral. “O mecanismo de trauma mais frequente é a queda da própria altura, com trauma na região lateral do quadril. São mais comuns em mulheres e em pacientes com redução da massa óssea – osteopenia e osteoporose”, explica.
 
O diagnóstico é sugerido pela história clínica e exame físico. “O paciente comumente se encontra impossibilitado de deambular e com muita dor à mobilização do membro”, ressalta o especialista, acrescentando que a radiografia da articulação coxofemoral confirma o diagnóstico na maioria dos casos. No caso de suspeição clínica e radiografia inconclusiva, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem ser solicitadas.
 
O tratamento dessas fraturas é eminentemente cirúrgico. De acordo com Frederico Costa, mesmo pacientes idosos, clinicamente graves, a despeito de um risco cirúrgico anestésico alto, se beneficiam da cirurgia, sendo essa a escolha na quase totalidade dos casos. “O tratamento visa a correção cirúrgica precoce, permitindo a mobilização do paciente e início imediato do processo de reabilitação.”
 
Ainda segundo o ortopedista do Biocor Instituto, as fraturas do fêmur proximal são responsáveis por uma alta morbimortalidade, sendo mecanismo conhecido de redução da sobrevida dos pacientes que a apresentam. “Constituem, pois, um grande desafio para o cirurgião e toda a equipe multidisciplinar envolvida no seu manejo – suporte clínico, enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia. O objetivo é tentar devolver ao paciente e familiares a qualidade de vida mais próxima àquela prévia ao trauma”, afirma.

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