Ebola já matou 2.811 na África

A Libéria, país mais atingido, registrou 1.578 mortes em 3.022 casos, segundo relatório publicado pela representação africana da OMS

por Estado de Minas 23/09/2014 10:44

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Serra Leoa começou ontem a voltar à normalidade após três dias de confinamento que permitiram descobrir dezenas de mortos devido ao ebola. O confinamento permitiu detectar 150 casos novos do vírus mortal e encontrar 70 cadáveres, indicaram as autoridades. A epidemia já deixou 2.811 mortos na África Ocidental, em 5.864 casos registrados, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Libéria, país mais atingido, registrou 1.578 mortes em 3.022 casos, segundo relatório publicado pela representação africana da OMS. Na Guiné foram 623 mortes, em 965 casos, e em Serra Leoa, 593 mortes, em 1.753 casos. Na Nigéria, foram registradas oito mortes em 21 casos. Na República Democrática do Congo uma epidemia separada de ebola já matou 41 pessoas.

Em Serra Leoa, os seis milhões de habitantes foram proibidos de sair de suas casas nos últimos três dias. O balanço de cadáveres encontrados e de casos detectados durante o confinamento se limita à capital Freetown e arredores. Os resultados para todo o país podem aumentar consideravelmente os números gerais, indicam as autoridades. Segundo o ministro da Saúde, Salud Abubakarr Fofanah, cerca de 30 mil voluntários visitaram 80% dos lares, comemorando o “êxito” da operação de confinamento.

O missionário católico Manuel García Viejo, de 69 anos, chegou ontem em Madri, procedente de Serra Leoa, em um avião-ambulância, e foi imediatamente transferido ao Hospital Carlos III. Ele estava em situação grave, informou o hospital. García Viejo dirigia, em Serra Leoa, o hospital da cidade de Lunsar.

Controlada
Comunicado da diretoria regional da OMS na África afirma que as epidemias no Senegal e na Nigéria “estão praticamente contidas”. Mas a epidemia ainda preocupa o mundo inteiro, ainda mais se sabendo que a produção em massa do Zmatt, medicamento que se mostrou eficaz na cura do ebola, pode demorar mais de dois meses. A Índia anunciou o adiamento da 3ª Cúpula Índia-África prevista em Nova Délhi em dezembro, que contaria com a participação de 50 países africanos. Enquanto isso, o cancelamento de voos e outras restrições de viagem continuam a isolar os países afetados, “resultando em consequências econômicas prejudiciais e obstruindo esforços de auxílio e reação, criando o risco de uma disseminação internacional maior”, alerta a OMS.

A União Europeia prometeu 140 milhões de euros (US$ 180 milhões) para reforçar a luta contra o Ebola na África Ocidental. “Apenas quatro ou cinco países na Europa estão equipados. Vamos trabalhar em conjunto para coordenar os esforços”, disse a ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, em Milão. Não houve casos de italianos com ebola, mas cidadãos europeus contraíram a doença na África Ocidental e foram repatriados para a Grã-Bretanha, França e Espanha. A Alemanha está convocando seus militares que se apresentem para uma missão na África.