Autora da trilogia 'A encantadora de bebês', Melinda Blau fala sobre 'segredo' do sono dos bebês em entrevista

Jornalista americana especializada em saúde é uma das convidada para o 1º Seminário Internacional de Mães que acontece em Belo Horizonte em julho de 2015. As inscrições já estão abertas

por Carolina Cotta 16/09/2014 14:01

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Divulgação
Trilogia é best-seller mundial (foto: Divulgação)
A vida de um recém-nascido se divide em comer e dormir. Eles não sabem a diferença entre a noite e o dia, nem como voltar ao sono sozinhos. Melinda Blau acredita que isso precisa ser ensinado. A jornalista americana especializada em saúde é autora, ao lado de Tracy Hogg, da trilogia Encantadora de bebês e de vários outros títulos ligados à maternidade. Em julho de 2015, ela estará em Belo Horizonte para o 1º Seminário Internacional de Mães, promoção do grupo Padecendo no Paraíso (as inscrições já estão abertas). Na oportunidade, vai falar da importância da harmonia do casal na chegada do bebê, tema do seu novo livro Family whispering (ainda não lançado no Brasil). Antes disso, em entrevista ao Estado de Minas, compartilha as dicas de sono que fizeram da trilogia um best-seller mundial.

Esta reportagem está dividida em duas partes; leia também:
Especialistas dão dicas sobre como ensinar o bebê a dormir

Arquivo Pessoal
Melinda Blau, coautora da trilogia 'A encantadora de bebês..." (foto: Arquivo Pessoal)

Como os bebês deveriam dormir?
Nos livros da trilogia Encantadora de bebês, ensinamos a rotina Easy: em que o bebê come, faz uma pequena atividade, dorme e permite à mãe um tempo para ela. Não é uma agenda, e sim uma rotina previsível e flexível. Com os recém-nascidos essa atividade é algo simples e breve, como olhar pela janela ou observar o rosto da mãe por cinco ou 10 minutos. À medida que ele cresce, essa atividade muda e pode ocupar de uma a duas horas. Essa inserção da atividade entre comer e dormir garante que o bebê não se acostume a adormecer no peito da mãe ou com a mamadeira ainda na boca. Também é importante agir ao primeiro sinal de sonolência, como um bocejo, porque eles podem ajudar o bebê a relaxar. Nessa hora, deve começar o ritual Four-S: prepare o cenário, escurecendo o quarto e acalmando o bebê; envolva a criança em uma manta; sente-se em uma cadeira confortável e, enquanto balança suavemente o bebê, sussurre “shh shh shh” ao seu ouvido e dê leves tapinhas nas costas. Sempre o coloque no berço enquanto ainda está acordado. A ideia é fazê-lo adormecer por conta própria.

O que os pais podem fazer para promover o sono adequado?

O segredo é promover os bons hábitos de sono imediatamente e ficar atento ao accidental parenting. Ele acontece quando, em vez de deixar o bebê se acalmar sozinho, os pais o pegam no colo, ninam e, às vezes, até saem para uma volta, criando um hábito ruim. O neném não pode se sentir um fardo, com o qual se tem que andar até ele dormir. Até porque, com alguns meses, e quilos a mais, os pais não vão conseguir fazer isso várias vezes ao dia. Pior, os pais que agem assim podem, acidentalmente, ensinar o bebê que, para dormir, ele precisa da ajuda de um adulto. O bebê não pode depender desses recursos para adormecer e os pais terão que lidar com o mau hábito que eles mesmo promoveram.

Que outros rituais podem ajudá-los a dormir melhor?
Minha dica geral é: seja paciente e realista. Recém-nascidos dormem duas, no máximo três horas seguidas no começo e nunca dormem por toda a noite. Como os adultos, eles entram em um sono mais leve em 45 minutos, que pode acordá-los. A diferença é que os adultos conseguem voltar a dormir sozinhos, e o bebê não. Contudo, se os pais mantêm uma boa rotina e são insistentes em ensiná-lo a dormir por conta própria, o bebê pode aprender. E não adianta, vão existir momentos bons e ruins nesse processo. O importante é, sempre, voltar para a rotina e ser consistente nesses rituais de dormir. Antes que você perceba, seu bebê estará pedindo as chaves do seu carro.