Moda entre a garotada, pulseirinhas de elástico podem ser cancerígenas

Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) pede recolhimento do produto que é conhecido como 'loom band charms' do mercado brasileiro

11/09/2014 10:14

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Produto contém ftalato. Ao colocar na boca, as crianças ingerem a substância cancerígena
Nesta quarta-feira (10), a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) formalizou documento para pedir a fiscalização e o recolhimento das prateleiras de pulseiras e anéis de elásticos coloridos que ofereceriam riscos à saúde das crianças. Moda entre a garotada e conhecidos como ‘loom band charms’, a questão veio à tona após exibição de programa na BBC Inglaterra no final de agosto.

Testes do Birmingham Assay Office revelaram a presença de 40% de ftalato no produto. Na União Europeia, o máximo permitido é de 0,1%. A substância é usada para dar mais maleabilidade ao material e pode ser cancerígena. O risco da contaminação aconteceria porque meninos e meninas poderiam colocar o elástico na boca, o que liberaria o ftalato. A denúncia da tv britânica fez com que a rede de brinquedos The Entertainer removesse o produto das prateleiras. Responsável pelo teste, Marion Wilson declarou que o brinquedo é perigoso pois a substância pode ser ingerida por sucção.

A Proteste enviou ofício para o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça e Procon-SP. Preocupada com a intensificação das vendas tendo em vista o Dia das Crianças, a associação alerta os pais para os riscos na compra do produto de origem chinesa e orienta a não deixarem os filhos confeccionarem as bijuterias e nem usarem as pulseirinhas e outros acessórios.
Reprodução www.aliexpress.com
Proteste orienta pais a não deixarem os filhos confeccionarem as bijuterias e nem usarem as pulseirinhas e outros acessórios. Na imagem, kit para as crianças confeccionarem as peças vendido pela internet (foto: Reprodução www.aliexpress.com)

Além disso, todas as informações do produto estão em inglês, em desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor, que determina que mesmo produtos importados precisam estampar no manual e embalagem informações em português. Há ainda a venda de kits que incluem – além dos elásticos coloridos – um tear para confecção das bijuterias. Segundo a Proteste, alguns ftalatos são banidos por serem considerados cancerígenos, mutagênicos e podem causar danos à fertilidade.

No Brasil, além da venda em lojas populares e camelôs, há também oferta em sites de vendas.