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Em um artigo publicado na revista 'Nature Communications', a equipe do dermatologista Xiaowei George Xu relatou que, quando implantadas em ratos, as células-tronco epiteliais regeneraram os diferentes tipos de células que compõem a pele humana, além dos folículos pilosos. Elas, inclusive, produziram raízes de cabelo, aumentando a possibilidade de, no futuro, serem usadas como terapia para calvos.
Os pesquisadores retiraram células da pele humana chamadas fibroblastos. Ao acrescentar três genes a elas, os cientistas converteram as estruturas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPs), que têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo. A equipe de Xu, então, converteu as iPS em células-tronco epiteliais, normalmente encontradas no bulbo dos folículos pilosos.
Ao comparar os padrões de expressão genética das células obtidas no laboratório com a de folículos pilosos humanos, os cientistas observaram que não havia diferença entre elas. Em seguida, eles misturaram as iPS com células da pele de ratos e fizeram um enxerto nos animais, que começaram a produzir camadas da epiderme humana e folículos estruturalmente similares ao de folículos pilosos. “Essa foi a primeira vez que células-tronco epiteliais em grande escala foram capazes de gerar componentes do folículo piloso”, diz Xu. “Essas células têm muitas aplicações potenciais, incluindo tratamento de fermimentos, cosmética e regeneração capilar”, conta.
O pesquisador alerta que as células-tronco epiteliais ainda não estão prontas para uso em humanos. Ele explica que um folículo piloso contém células epiteliais e um outro tipo de célula-tronco adulta especializada chamada papila dérmica. “Quando uma pessoa perde cabelo, ela perde os dois tipos de célula. Nós conseguimos solucionar o maior problema, que é o componente epitelial do folículo piloso. Mas ainda precisamos encontrar um jeito de gerar novas papilas dérmicas também, e, por enquanto, ninguém conseguiu fazer isso”, esclarece.