ENSAIOS
PARA ALÉM DAS PALAVRAS – REPRESENTAÇÃO E REALIDADE EM ANTONIO CANDIDO
De Anita Martins Rodrigues de Moraes
Editora Unesp
181 páginas, R$ 38
Nesta obra, em que analisa como Antonio Candido teorizou o problema da representação da realidade na literatura, a professora Anita Martins Rodrigues de Moraes levanta uma questão fundamental: como abordar as contribuições do intelectual nos estudos literários tendo em conta a presença, em sua obra, de premissas evolucionistas criticadas, ou mesmo superadas, no âmbito das ciências sociais? A autora faz um relato profundo e lúcido sobre a presença e a importância de um dos maiores intelectuais brasileiros.
ROMANCE
OS BOÊMIOS
De Marquês de Pelleport
Companhia das Letras
320 páginas, R$ 45,90
Inspirado em Dom Quixote, de Cervantes, e equiparado a Os 120 dias de Sodoma, do marquês de Sade, Os boêmios é mais do que folhetim erótico: trata-se de uma análise demolidora do clero na França do século 18. O livro conta a história de um bando de “filósofos” que percorrem a região de Champagne sem destino definido. Publicado em 1790, esse romance inusitado continuaria relegado ao esquecimento, não tivesse Robert Darnton, que assina a introdução e as notas da edição, encontrado em Paris um dos seis exemplares que restaram da destruição causada pelo próprio editor.
FILOSOFIA
PENSADORES MODERNOS – FREUD, NIETZSCHE, WAGNER E SCHOPENHAUER
De Thomas Mann
Editora Zahar
288 páginas, R$ 59,90
A série Thomas Mann – ensaios e escritos resgata importantes textos que impressionam pelo estilo primoroso, diversidade temática e argumentação refinada. O volume reúne ensaios sobre Nietzsche, Wagner, Schopenhauer e Freud. Com lucidez e erudição, permitem ao leitor acompanhar o interessante fio de continuidade que o autor estabelece entre o pensamento romântico alemão e a psicanálise. Também se destaca a relação de Mann com as obras dos autores abordados.
BIOGRAFIA
JOSEPH FOUCHÉ – RETRATO DE UM HOMEM POLÍTICO
De Stefan Zweig
Editora Zahar
224 páginas, R$ 49
Regicida, traidor, desertor, assassino de massa, amoral e, exatamente por tudo isso, considerado por Balzac um dos personagens mais interessantes da história da França, Joseph Fouché (1759-1820) foi leal a um único partido até o fim de sua vida: o mais forte, o da maioria. Com imbatível talento narrativo, Zweig oferece um perfil psicológico do homem político, investigando sua carreira e buscando descobrir o segredo de sua astúcia, além do segredo de sua força.
HISTÓRIA
USOS DO LIVRO NO MUNDO LUSO-BRASILEIRO SOB AS LUZES: REFORMAS, CENSURA E CONTESTAÇÕES
De Luiz Carlos Villalta
Editora Fino Traço
556 páginas, R$ 60
Vários escritos vieram à luz sobre a história do livro e da censura no mundo luso-brasileiro entre o final do século 18 e início do 19. Pouco, porém, se conhece a respeito do tema. O trabalho de Luiz Carlos Villalta vem preencher essa lacuna. Com sua pesquisa pormenorizada, o autor analisa os usos atribuídos aos livros pelos leitores e as práticas de censura que incidiram sobre circulação, a posse e a leitura de obras.