Sidnei Molina
Um imenso acervo com as cantatas do alemão Johann Sebastian Bach (1685–1750) acaba de ser lançado no Brasil. Trata-se do livro de referência, de 1.404 páginas, As cantatas de Bach, do alemão Alfred Dürr (1918–2011), um de seus principais estudiosos. Publicado originalmente em 1971 (e revisto várias vezes), o livro justapõe à transcrição dos textos originais cantados em alemão a tradução para o português.
Aos 38 anos, Bach mudou-se para Leipzig, na região Leste da Alemanha, onde sua tarefa principal era escrever música sacra. Ele trabalharia lá até o fim da vida. Grande parte da produção composicional de Bach no período foi dedicada a cantatas – obras vocais com coro e solistas acompanhados de orquestra –, apresentadas aos domingos e feriados luteranos nas igrejas da cidade. As cantatas entravam no culto após a leitura do evangelho.
Da produção de Bach em Leipzig são conhecidos três ciclos completos de cantatas, para todos os domingos e feriados, desde o domingo após a Trindade (que em geral cai em junho, 56 dias após a Páscoa) até mesmo a celebração no ano subsequente. O trabalho em Leipzig e as cantatas escritas desde 1707 nas cidades de Mühlhausen, Weimar e Köthen resultam em mais de 200 obras registradas no livro de Dürr.
O autor mostra a evolução das cantatas desde o hino luterano primitivo e apresenta os escritores que trabalharam diretamente com Bach. Dürr concebe a cantata como síntese das formas polifônicas antigas (moteto e coral) e as derivadas da “seconda pratica” italiana (madrigal, concerto solista e ópera).
O coração do livro é a análise de cada uma das cantatas do catálogo de Bach: é um guia seguro para a escuta orientada dos ouvintes, útil também para quem não tem formação musical profunda.
Erros de revisão, como o que se observa no início da página 54 (“Como Bach era obrigado a escrever música sacra em Köthen”, em vez de “Como Bach não era obrigado a escrever música sacra em Köthen”) não retiram nem o brilho nem a importância capital do lançamento.
AS CANTATAS DE BACH
• De Alfred Dürr
• Editora Edusc
• 1.404 páginas, R$ 100
Um imenso acervo com as cantatas do alemão Johann Sebastian Bach (1685–1750) acaba de ser lançado no Brasil. Trata-se do livro de referência, de 1.404 páginas, As cantatas de Bach, do alemão Alfred Dürr (1918–2011), um de seus principais estudiosos. Publicado originalmente em 1971 (e revisto várias vezes), o livro justapõe à transcrição dos textos originais cantados em alemão a tradução para o português.
Aos 38 anos, Bach mudou-se para Leipzig, na região Leste da Alemanha, onde sua tarefa principal era escrever música sacra. Ele trabalharia lá até o fim da vida. Grande parte da produção composicional de Bach no período foi dedicada a cantatas – obras vocais com coro e solistas acompanhados de orquestra –, apresentadas aos domingos e feriados luteranos nas igrejas da cidade. As cantatas entravam no culto após a leitura do evangelho.
Da produção de Bach em Leipzig são conhecidos três ciclos completos de cantatas, para todos os domingos e feriados, desde o domingo após a Trindade (que em geral cai em junho, 56 dias após a Páscoa) até mesmo a celebração no ano subsequente. O trabalho em Leipzig e as cantatas escritas desde 1707 nas cidades de Mühlhausen, Weimar e Köthen resultam em mais de 200 obras registradas no livro de Dürr.
O autor mostra a evolução das cantatas desde o hino luterano primitivo e apresenta os escritores que trabalharam diretamente com Bach. Dürr concebe a cantata como síntese das formas polifônicas antigas (moteto e coral) e as derivadas da “seconda pratica” italiana (madrigal, concerto solista e ópera).
O coração do livro é a análise de cada uma das cantatas do catálogo de Bach: é um guia seguro para a escuta orientada dos ouvintes, útil também para quem não tem formação musical profunda.
Erros de revisão, como o que se observa no início da página 54 (“Como Bach era obrigado a escrever música sacra em Köthen”, em vez de “Como Bach não era obrigado a escrever música sacra em Köthen”) não retiram nem o brilho nem a importância capital do lançamento.
AS CANTATAS DE BACH
• De Alfred Dürr
• Editora Edusc
• 1.404 páginas, R$ 100