Orelha

por 07/03/2015 00:13
Jair Bertolucci/Divulgacao
None (foto: Jair Bertolucci/Divulgacao)

Os cavalos loucos
de Ignácio Loyola


O escritor Ignácio de Loyola Brandão (foto) vai autografar, na Academia Mineira de Letras (AML), o livro Os olhos cegos dos cavalos loucos, ficção que levou cerca de 60 anos para ser concluída. O lançamento faz parte do projeto O autor na academia, evento marcado para quarta-feira, às 19h, seguido por uma palestra do romancista sobre o ofício de escrever. A AML fica na Rua da Bahia, 1.466, Centro.

Deleuze: linguagem
e comunicação


As relações entre os campos da linguagem, pensamento e comunicação são o cerne da pesquisa realizada por Alessando Carvalho Sales. Concebido originalmente como tese de doutorado, Deleuze: pensamento e acordo discordante (Edufscar) traz análise minuciosa dos textos de um dos maiores pensadores do século 20, Gilles Deleuze (1925-1995), e suas principais referências teóricas, bem como a opinião de pesquisadores de sua obra. O autor vai buscar a relação do filósofo francês com as obras de Nietzsche e Kant. Alessandro Sales também faz uma análise do livro A filosofia crítica de Kant e passa pelas leituras de Marcel Proust e Pierre Klossowski realizadas pelo pensador.

Os mistérios
de Sylvia Plath


Ícone da poesia moderna, Sylvia Plath tem sua vida, seus desejos e angústias esmiuçados em Ísis americana (foto), título que chegou às livrarias pela Bertrand Brasil. Escrito por Carl Rollyson, professor de jornalismo da Baruch College (Nova York), o livro apresenta a autora como mulher poderosa, que abraçou tanto a baixa quanto a alta cultura. Primeira biografia de Sylvia a usar informações de materiais recém-integrados aos arquivos de seu marido, Ted Hughes, Ísis americana se concentra na intensidade da poeta. “Sylvia Plath é a Marylin Monroe da literatura moderna”, afirma Rollyson.

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Educada na Smith College, faculdade particular de artes para mulheres, Sylvia manteve relacionamento conflituoso com a mãe, Aurelia, e foi absorvida pelo redemoinho da consagração literária logo depois de se casar com o poeta Ted Hughes. Sylvia cometeu suicídio aos 30 anos. Ariel, coletânea de poemas escritos durante seus derradeiros meses de vida, tornou-se um clássico moderno. A redoma de vidro, seu único romance, consta em listas obrigatórias para estudantes. Ísis americana ganhou edições em vários países em 2013, na ocasião dos 50 anos da morte da autora.



Parábolas sobre a guerra

Ishmael Beah (foto) estreou na literatura em 2007 com o aclamado Muito longe de casa – memórias de um menino-soldado, que se tornou um clássico instantâneo. Ele faz um relato espantoso sobre a guerra civil em Serra Leoa e o destino das crianças-soldado, recrutadas por grupos de extermínio antes dos 10 anos. Agora, Beah traz uma afetuosa e terna parábola sobre a vida pós-guerra. No centro de O brilho do amanhã estão Benjamin e Bockarie, dois amigos de longa data que voltam à cidade natal, Imperi. O escritor nasceu em Serra Leoa, em 1980. Aos 17, mudou-se para os Estados Unidos, onde se formou em 2004. É embaixador do Unicef e membro do Human Rights Watch.


Editora UFMG

A Editora UFMG divulgou a relação das obras selecionadas para publicação em 2015. Os autores escolhidos apresentaram originais para avaliação conforme edital publicado em outubro de 2014. Participaram do concurso professores do quadro efetivo da universidade. Onze obras foram escolhidas e serão impressas com o apoio da Reitoria da UFMG: Adriano Mattos Corrêa (O segredo do arquiteto: perdão por não lhe abrigar); André Luiz Prado de Oliveira (Ao fim da cidade); Bruno Guimarães Martins (Corpo sem cabeça: Paula Brito e a petalogica); Carlos Antônio Leite Brandão (Arquitetura, humanismo e república: a atualidade do De Re Aedificatoria); Dawisson Elvécio Belém Lopes (Política externa na Nova República: os primeiros 30 anos); Joãosinho Beckenkamp (Introdução à filosofia crítica de Kant); Karine Salgado (História, estado e idealismo alemão); Leandro Rodrigues Alves Diniz (Política linguística do Estado brasileiro na contemporaneidade: a institucionalização de mecanismos de promoção da língua nacional no exterior); Maria Juliana Gambogi Teixeira (A profetisa e o historiador: sobre A feiticeira de Jules Michelet); Reinaldo Martiniano Marques (Arquivos literários: problemas, histórias, desafios); e Suzana dos Santos Gomes (Práticas de leitura e capacidades de linguagem na escola).

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