Orelha

por 01/11/2014 00:13
Arquivo EM
Arquivo EM (foto: Arquivo EM)


Musa modernista

Patrícia Rheder Galvão, mais conhecida como Pagu, nasceu em 1910 e morreu em 1962. Em pouco mais de 50 anos, ela participou como protagonista dos mais importantes fatos artísticos e políticos de seu tempo. E é sobre essa grande musa do modernismo que trata Pagu vida-obra, de Augusto de Campos. O livro original, lançado há mais de três décadas, ganha reedição pela Companhia das Letras. O poeta Augusto de Campos fez uma obra única, que mistura biografia, poesia, ensaios, trechos de romances de Pagu, história literária e muitas fotografias, desenhos e imagens de época.

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 Aos 18 anos, Pagu participou da chamada “segunda dentição” do movimento antropofágico ao lado de Oswald de Andrade, com quem se casou. Com pouco mais de 20, lançou o primeiro romance proletário brasileiro, Parque Industrial. Ela traduziu Joyce e Kafka, viveu no exílio e militou por toda a vida no Partido Comunista. Pagu vida-obra é um mergulho nesse universo humano e um retrato da primeira metade do século 20.

Lançamentos

Hoje, das 11h às 14h, Jacyntho Lins Brandão, professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (Fale/UFMG), autografa Em nome da (in)diferença – O mito grego e os apologistas do segundo século (Editora Unicamp), na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi). Informações: (31) 3227-3077.

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Celina Maria Coelho lança o livro Viagem no vagão da Lia (Aquarela), hoje, às 11h, no Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, Funcionários). A sessão de autógrafos contará com performance e projeção de DVD.

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Luís Flávio Sapori e Gláucio Ary Dillon Soares assinam Por que cresce a violência no Brasil? (PUC Minas e Autêntica Editora). O livro será lançado terça-feira, às 19h30, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), na Avenida João Pinheiro, 495, Centro. Os especialistas analisam uma questão intrigante: se há menos pobres no Brasil, o número de crimes aumenta.

Mary e os espíritos

Mary del Priore volta a BH na terça-feira para autografar Do outro lado – A história do sobrenatural e do espiritismo (Editora Planeta) e conversar com o público. Respeitada por transformar temas históricos em best-sellers, Mary mostra como o “além”, que tanto fascina os brasileiros, está presente no imaginário de nosso povo. Convidada do projeto Sempre um papo, a historiadora recebe o público às 19h30, no auditório do Hospital Mater Dei (Rua Gonçalves Dias, 2.700, Barro Preto). Entrada franca.

Da Vinci

A vida do genial Leonardo da Vinci (1452-1519) ganha versão em quadrinhos. As mineiras Andréa Vilela e Mirella Spinelli recontam a saga do pintor de obras-primas como a Mona Lisa e a Santa Ceia. A dupla mostra que o italiano da Toscana não foi apenas um artista plástico revolucionário. Ele se dedicou também às pesquisas científicas, à engenharia e a deslumbrar o mundo com suas invenções, que até hoje encantam a humanidade. Leonardo da Vinci faz parte da coleção Mestres da arte em quadrinhos (Editora Nemo). Tem 48 páginas e custa R$ 39.

Clássicos nacionais

Dias Gomes (1922-1999) ajuda o brasileiro a compreender o seu próprio povo. Por isso, é mais que oportuna a reedição de obras desse baiano, figura fundamental das artes cênicas, da TV e do cinema nacional. A Editora Bertrand Brasil acaba de mandar para as lojas O pagador de promessas, que traz a história de Zé do Burro e rendeu ao país a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1962. Com 154 páginas, o livro custa R$ 35. O próximo volume será O bem amado, que deu origem a uma das novelas mais importantes produzidas pela televisão brasileira.

Tempo presente



Um dos lançamentos mais aguardados da Bienal do Livro de Minas, que será realizada de 14 a 23 de novembro no Expominas, em BH, é História do tempo presente (FGV Editora), livro organizado pela cientista política Lucilia de Almeida Neves Delgado e a historiadora Marieta de Moraes Ferreira. A dupla comprova que a análise de fatos recentes deixou de ser “tabu” entre os especialistas. Se historiadores costumavam se voltar para o passado, agora o presente ganha espaço em debates, seminários e livros. Entre os artigos da coletânea há análises sobre a resistência estudantil à ditadura militar nos anos 1970 (texto de Angélica Müller), a criação da Comissão Nacional da Verdade (Suellen Neto Pires Maciel) e as estratégias de Leonel Brizola e seus Comandos Nacionalistas (Carla Brandalise e Marluza Marques Harres).







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