De W. H. Auden
Editora Companhia das Letras, 262 páginas, R$ 42
Há 40 anos morria Wystan Hugh Auden (1907-1973), considerado um dos mais influentes poetas de língua inglesa do século 20. Para lembrar a data, está sendo relançada antologia traduzida e organizada por João Moura Jr. e José Paulo Paes, que reúne 50 dos mais importantes poemas do autor. Partindo da experiência modernista, Auden vai aproveitar o melhor das contribuições de Ezra Pound e T. S. Elliot, mas afastando-se radicalmente do reacionarismo político destes autores. A edição traz ainda ensaios de José Paulo Paes e do poeta russo Joseph Brodsky.
FRONTEIRAS DA JUSTIÇA – DEFICIÊNCIA, NACIONALIDADE, PERTENCIMENTO À ESPÉCIA
De Martha C. Nussbaum
Editora Martins Fontes, 522 páginas, R$ 84
A deficiência, a nacionalidade e o pertencimento à espécie são três problemas urgentes de justiça social que vêm sendo negligenciados pelas teorias atuais, e que são, portanto, mais difíceis de enfrentar em termos práticos e na vida cotidiana. A autora busca uma teoria de justiça social que possa nos guiar para uma abordagem mais rica e mais responsiva para a cooperação social. Martha C. Nussbaum é professora emérita de direito e ética da Universidade de Chicago e escreveu, entre outros livros, A fragilidade da bondade, já traduzido no Brasil.
A FORJA DE IMPÉRIOS
De Michael Knox Beran
Editora Record, 616 páginas, R$ 70
O autor compara a trajetória e as grandes realizações de três estadistas – Abraham Lincoln, Otto von Bismarck e o tsar Alexandre II – que forjaram as bases sobre as quais se desenvolveu o século 20. No espaço de uma década (1861-1871), esses líderes libertaram 10 milhões de pessoas, reformaram seus países e alteraram a maneira de governar. Lincoln libertou os escravos negros dos EUA, Alexandre II acabou com o regime de servidão na Rússia e Bismarck unificou a Alemanha. Beran trata dessas conquistas e de como os revolucionários asseguraram a liberdade de seus países.
A POLÍTICA E AS LETRAS
De Raymond Williams
Editora Unesp, 480 páginas, R$ 58
Baseada em uma série de entrevistas concedidas à New Left Review, a coletânea faz uma profunda reflexão sobre a vida e a obra do maior ícone da esquerda britânica, Raymond Williams (1921-1988). Ao recorrer a um formato de entrevista diferente do usual em jornalismo, em que os entrevistadores também argumentam, Perry Anderson, Anthony Barnett e Francis Mulhern produzem nestas páginas um requintado debate sobre a atividade intelectual. O livro foi dividido em cinco partes, de acordo com o tema dominante nas entrevistas – biografia, cultura, drama, literatura e política.
PARTIR
De Paula Parisot
Editora Tordesilhas, 280 páginas, R$ 48
Narrado em primeira pessoa, o romance acompanha a trajetória de um homem de meia-idade, sem família e sem amarras, que preza sobretudo a liberdade individual. Cansado da vida, ele sai em viagem pela América Latina com o objetivo de chegar ao Alasca. No caminho, conhece figuras inusitadas, enquanto faz digressões e reflete sobre sua vida. Escrito ao longo de três anos, este é o terceiro livro publicado por Paula Parisot, autora de A dama da solidão, coletânea de contos finalista do Prêmio Jabuti, e do romance Gonzos e parafusos, para o qual criou uma performance.