Lula, Haddad, Marina e Bolsonaro rebolam em viral que comprova: o melhor do Brasil é o brasileiro

Grupo de amigos recria #ChallengeDoNordeste usando máscaras de políticos; em grupos do Facebook, vídeo passou das 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas

por Fred Bottrel 28/09/2018 17:48
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O mundo acabando e o tecnobrega come solto enquanto Marina Silva e Haddad capricham no rebolado, Lula vai até o chão e Bolsonaro 'lacra' na pista. Ao encontrar a política em polvorosa, o meme do #ChallengeDoNordeste comprova que estava certo o historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986): o melhor do Brasil é mesmo o brasileiro. 



"Não esperávamos isso, ninguém cria um viral para ser viral, né?", disse ao UaiE+ o ator e comediante cearense Ramon Oliveira, de 30 anos, criador do vídeo. 

O #CallengeDoNordestePolítico, com dançarinos ostentando máscaras dos presidenciáveis, passou das 2 milhões de visualizações em menos de 24 horas, em grupos no Facebook. O grupo 'Mulheres contra Bolsonaro' foi um desses: ao fim da coreografia, os colegas abandonam o personagem que representa o candidato do PSL, conhecido por suas propostas conservadoras.

Publicada originalmente no Instagram, a 'obra', que integra o movimento #EleNão, ganhou também o Twitter e o Whatsapp - ambiente que torna impossível a medição da viralização.

Origem
O #ChallengeDoNordeste é uma espécie de Harlem Shake à brasileira: um meme em que o hit tecnobrega Solta a Pisadinha inspira famílias e amigos a demonstrarem habilidades coreográficas que prezam pelo, digamos, desengonço. 

Até então, a brincadeira em nada tinha a ver com política: proposta pelo humorista e músico Tirulipa (filho do deputado federal Tiririca), convocava pessoas comuns na internet a criarem suas próprias versões da dancinha.Já aderiram celebridades como o humorista Whinderson Nunes, o cantor Wesley Safadão e Simone, da dupla sertaneja Simone e Simaria.



Surpresa
"Somos um grupo de amigos, trabalhamos juntos em eventos e tivemos a ideia de fazer a brincadeira com as máscaras. Nossa ideia era mostrar a nossa opinião, de uma forma bem-humorada, sem a agressividade que costuma existir quando o assunto é política", diz Ramon, que também estuda jornalismo. Ele se deu conta de que o vídeo havia fugido do controle, quando uma amiga, no dia seguinte à publicação, lhe contou que havia milhares de views nos grupos fechados do Facebook.

E para o segundo turno? "Quem sabe uma Simone e Simaria?", finaliza.