Luan Santana celebra raízes do sertanejo em novo álbum

Coletânea 'Confraternização família Santana' traz regravações de clássicos românticos e modões

Jon Ricciardo Costa/Divulgação
(foto: Jon Ricciardo Costa/Divulgação)
Os momentos de folga e as rodas de viola são as inspirações que deram origem ao novo trabalho de Luan Santana, o Confraternização família Santana. A escolha imerge na intimidade e nos sentimentos do cantor em um repertório composto por regravações de modões sertanejos e clássicos românticos.

Além de integrar o repertório desse trabalho, as faixas também compõem a trilha sonora da vida do sul-mato-grossense e marcam os encontros com a família. Com Gui Dalzoto assinando a direção, produzido por Weverton Santana (TonZeti) e com direção-geral de Luan Santana, a primeira parte do álbum chegou em 27 de agosto, um ano após o lançamento do disco, Viva (2019).

Em tom intimista e familiar, o artista escolheu um momento que o representa muito bem para trazer a público: a convivência com os pais, tios, primos, irmã, noiva e amigos. O registro foi feito em dezembro do ano passado, de forma despretensiosa, em um sítio em Porecatu, no Paraná. “Todo fim de ano, a gente se junta, em meus raros momentos de folga, para curtir. Então, convidei alguns de meus músicos, moradores da região de Londrina, para tocar e jogar conversa fora ao lado de minha família, engatando um repertório só de modão. O Gui (Dalzoto) registrou tudo e ainda deu máquinas e celulares nas mãos da minha família, pegou vários ângulos. Como ele disse, ‘foi um registro muito humano’”, conta Luan Santana em entrevista ao Correio Braziliense.

Ao todo, serão 17 canções divididas em três EPs, sendo dois com seis faixas e um com cinco. A primeira parte está disponível em todas as plataformas digitais de música e conta com Foi covardia, Aparências, Eu mereço, Por te amar assim, Um homem apaixonado e um pout-pourri de A noite do nosso amor e Noite maravilhosa. “São canções que fazem parte do repertório de nossos encontros familiares, e que sempre tocamos. São músicas escolhidas com muito carinho, mas gosto demais de Aparências, de Márcio Greick”, assume o cantor.

Fruto da casualidade, o lançamento chega no mesmo momento em que milhares de brasileiros cumprem o período de isolamento, no qual é recomendado ficar em casa, e os momentos em família ganharam lugar de destaque, seja pelo tempo maior de convívio, seja pela saudade dos entes queridos. “Há quem diga que coincidências não existem, que o universo conspira pelas conjunções felizes. Foi muito legal ganhar do Gui esse registro do Confraternização família Santana, feito a partir de um encontro ‘na roça’, nesse momento de distanciamento social, em que se recomenda que fiquemos em casa. Quando eu e meu pai vimos o material, pensamos em lançar nas plataformas. Essa é a minha essência, é tão bom as pessoas conhecerem esse meu momento”, ressalta Luan.


Lives

Além do Confraternização família Santana, o cantor trabalhou em novas produções durante esse período de isolamento. Luan lançou a música e o videoclipe de Asas, que foi gravado durante a live #LuanLoveEmCasa. No YouTube, o clipe registra mais de 23 milhões de visualizações.

O cantor foi um dos artistas que investiu nas lives e promoveu três shows virtuais — um deles em colaboração com o forrozeiro Wesley Safadão. A iniciativa é uma forma de promover entretenimento e matar as saudades dos palcos. “É um acalento para gente que está acostumado a estar nos palcos, a ter contato com os fãs. Sentimos todo amor que o público nos dá e imagino que eles estão em casa como um coro a cada música”, afirma.

Em 26 de setembro, às 20h, o sul-mato-grossense se unirá a Luísa Sonza e Guilia Be em um show on-line com três horas de duração no YouTube, no qual passeará por sucessos e hits da carreira dos artistas.

O som que o intérprete e compositor faz hoje em dia é regado de influências das canções que o jovem de 29 anos ouvia na infância. Incentivado pelo pai, a casa sempre foi rodeada de música, dentre elas, os sucessos de Zezé Di Camargo & Luciano, que são responsáveis pela faixa É minha vida (1997), que integra o novo disco de Luan. “Zezé Di Camargo e Luciano marcaram a minha infância, a primeira música que toquei no violão foi Muda de vida”, relembra.

Esse ano, Luan Santana completa 13 anos de carreira desde o primeiro show, em Jaraguari, Mato Grosso do Sul, em 2007. O artista trilhou um caminho de sucesso e acumula mais de 70 milhões de seguidores nas redes sociais, 93 prêmios conquistados, 16 entradas no TOP 50 da Billboard e 82 músicas no primeiro lugar nas rádios do Brasil.

Além de 3,3 bilhões de visualizações no YouTube, mais de 2 bilhões de acessos em plataformas digitais e 6 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Luan Santana ainda soma quase 60 mil fã clubes espalhados pelo país e é o brasileiro que mais entrou no ranking Social 50 da Billboard Americana, o que o coloca como um dos nomes da música mais procurados do mundo nas redes sociais.

“Sou feliz, graças a Deus, por tudo que aconteceu nesses 13 anos de carreira. Todos os shows, todos os prêmios, parcerias, cada olhar de meus fãs, sorrisos, abraços. Penso, sim, numa carreira no mercado latino, mas no tempo certo, pautada com cautela e sendo fruto e eco do trabalho que faço no meu país”, adianta. “Para 2021, a esperança que dias melhores virão e que tudo isto vai passar e, em breve, estaremos juntos nos palcos e quero lançar outros projetos. Vem muita coisa boa por aí”, completa Luan Santana.

Confraternização família Santana
De Luan Santana. Pela The Orchard, 17 faixas. Disponível em todas as plataformas digitais.

*Estagiária sob a supervisão de Igor Silveira

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